Entrevista: Wagner de Assis
Filme Nosso Lar destaca a renovação espiritual
Wagner de Assis, diretor e responsável pelo roteiro do filme Nosso Lar,
destaca a transformação do homem que acorda no mundo espiritual,
os momentos de emoção no enredo do filme e o impacto que esta
mensagem pode representar para a melhoria das nossas vidas
Reformador: Qual a principal mensagem que o filme Nosso Lar transmite?
Wagner: A história de “Nosso Lar” é muito profunda por falar de um tema que interessa a todos: a vida após a vida. Esse é o melhor ponto de encontro de todas as religiões, de todas as pessoas.Trata-se de um paradigma que permite uma mudança na vida de qualquer pessoa que começa a entender, seja pelos atributos da fé raciocinada, ou pela curiosidade simples, ou mesmo pela dor, as realidades da vida espiritual junto à vida material. O filme conta a história da transformação de um homem que acorda no mundo espiritual. Talvez essa seja a principal mensagem – a história em si. A existência de uma outra dimensão, a possibilidade de reajustes, enfim, todas as leis que imperam nessa nova dimensão. E que também são diretamente ligadas à forma de viver o hoje e o agora.
Reformador: O mundo espiritual é mostrado como ambiente de recuperação e novos planejamentos de existências?
Wagner: Exatamente como no livro – um mundo que permite que renovemos nossos sentimentos, nossos pensamentos. Um mundo que permite repensar a vida pregressa e planejar melhor a vida futura na Terra. De fato, as imagens do mundo espiritual têm ligação direta com a vida encarnada – porém sempre partindo do conceito de que o mundo espiritual é anterior ao mundo material. Daí, algumas coisas que aparecem em Nosso Lar já fazem parte do nosso cotidiano.
Reformador: Como foi o esforço para mostrar o Espírito André Luiz desde o sofrimento no Umbral até o momento de colaborador de “Nosso Lar”?
Wagner: Esse é o drama da história. Ao mostrar o Espírito André Luiz desde o Umbral, e relembrar partes de sua vida em família, estamos acompanhando suas dores, seus pensamentos, seu arrependimento, suas saudades. Isso tudo até o momento em que ele volta para rever os familiares, quando temos o momento crucial da trama. Esse ciclo de renovação pelo qual ele passa é a essência da história. É o que está na estrutura do filme.
Reformador: O filme tem alguns momentos de emoção?
Wagner: Esperamos que sim! Em todos os momentos temos testemunhos de emoção – do reencontro com a mãe passando pelo reencontro com a família. Tudo é pensado para que as lágrimas sejam sinceras. Esperamos ter conseguido!
Reformador: Qual parte do filme que mais o sensibilizou?
Wagner: Pessoalmente, fico sempre tentado a buscar na força da transformação de um homem a parte mais importante. O momento do perdão, do arrependimento. O Saulo que vira Paulo. O homem que se dobra à força do amor. Quando isso acontece no filme, gosto muito, mas não paro de me emocionar também quando o governador e os ministros estendem as mãos para os Espíritos egressos da Segunda Guerra Mundial. Aquela imagem, o encontro dos lados, que muitas vezes vimos como o encontro de dois lados opostos, é um símbolo que me toca bastante – mostra que os lados podem se abraçar e não guerrear.
Reformador: Durante a produção do filme sentiu alguma presença de natureza espiritual?
Wagner: Sempre tem, ainda mais quando o ideal está acima de tudo. Não gostaria de citar para que o assunto não fique mais importante do que a história do filme. O importante é o filme, sua trajetória, o projeto de divulgação através de projetos universais, de qualidade extrema, que alcance todos os públicos. Mas agradecemos sempre, emocionados, todos os dias, pelo apoio recebido do Alto.
Reformador: Como você se sente, agora que o filme está concluído e nas telas de cinema?
Wagner: Que o filme tem vida própria sempre. Desde o início. E esperamos que todos compreendam que investimentos altos podem e devem ser sinônimo de qualidade. Que uma história só deveria ser levada às telas quando houvesse meios para isso – caso contrário, ficaríamos devendo à história o ponto mais importante, com sua mensagem libertadora. Ela é que deve sempre ser a rainha do trabalho em cinema. A história manda. E nós vamos atrás...
Reformador: Há projetos para lançamentos de DVDs e também de distribuição do filme no Exterior?
Wagner: Sim, o DVD sai em de 2011. É bom lembrar que as cópias originais estão cheias de novidades e que comprar ou baixar na Internet “cópia pirata” é crime! Quanto ao Exterior, estamos negociando; há propostas e intenções. E uma das metas deste projeto, grande como ele é, com a proposta de falar a todos os públicos, é ser mostrado em diversos países.
Reformador: No momento pós-filme, teria alguma ideia ou recomendação com relação ao livro Nosso Lar?
Wagner: Leiam, leiam, leiam o livro! A obra de André Luiz é um guia também para o dia a dia. Um legado que ele deixou, através da dedicação e do trabalho de Chico Xavier, para o mundo. E que venham os próximos filmes!
Fonte: http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=171
Nenhum comentário:
Postar um comentário