terça-feira, 28 de agosto de 2012

Amor e Desprendimento - II (Sergito de Souza Cavalcanti)



Amor e Desprendimento - II
(Sergito de Souza Cavalcanti)



Prestar auxílio a quem solicita é lei divina. É verdade que nem sempre estamos em condições de satisfazer todos os pedidos solicitados, contudo quando as solicitações forem justas, com um pouco de boa vontade e bom coração, sempre encontraremos meios de atender à maior parte delas em nome do Senhor.

É importante também não virarmos as costas a quem solicita algum empréstimo, coisa nem sempre fácil devido ao apego que temos às “nossas coisas”. Jesus nos concita a ir mais longe: “Se alguém tirar o que é nosso, não devemos ir reclamá-lo de volta.” (Lc 6:30) Deixe-o ir tudo, contanto que o irmão esteja satisfeito e nós permaneçamos na inalterável paz espiritual. Afinal, que temos nós na terra que não sejam nossos dons espirituais, morais e intelectuais? Todo o resto é empréstimo que a Providência Divina nos concedeu porque: “Nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma, poderemos levar dele” (I Tm 6:7)

Lembremo-nos de que Deus se doa a todos, bons e maus, santos e criminosos, evoluídos e atrasados. O exemplo divino “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai Celestial” (Mt 5:48) é a maior lição legada à nossa individualidade e temos que seguir esse exemplo se quisermos atingir o Pai que habita dentro de nós, unificando-nos a Ele.

A pratica da caridade em sua mais ampla acepção, constitui o único caminho para a conquista da perfeição por que esta só é atingida quando o coração se vê despojado de toda e qualquer mácula de rancor, ódio e ressentimento para com o seu semelhante.

Um dia, todos nós seremos perfeitos pois em nós reside o germe de todas as virtudes que, em tempo propício, desenvolver-se-ão em função de nosso livre arbítrio.

Estudar e principalmente vivenciar os ensinos dos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo é o roteiro seguro para alcançarmos o caminho para nossa perfeição. Toda trajetória de nossa vida, nos leva ao amor, e o amor nos leva a Deus, e essa trajetória chama-se “evolução”.

Sem amor, nada seremos. Amor incondicional: ao irmão, ao amigo, e até mesmo ao inimigo. Nada é mais transcendental que o amor. “Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.” (Jo 13:353)

Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/sandalo/sandalo-02.html

Em Qualquer Situação (Emmanuel | Chico Xavier)





Em Qualquer Situação (Emmanuel | Chico Xavier)


"Não penses tanto sobre o que os outros possam imaginar a teu respeito.
Raramente isso acontece.
Na maioria dos casos, quando notas alguém a observar-te, essa pessoa, provavelmente, deseja saber o que estás pensando a respeito dela.
Em qualquer situação, mentalizemos o bem e sigamos para a frente."


Emmanuel. Livro de Respostas. Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Amealhar, Reter e Dar (Emmanuel | Chico Xavier)





Amealhar, Reter e Dar (Emmanuel | Chico Xavier)


Entesourando as bênçãos divinas, no campo de trabalho que fomos trazidos a lavrar, aprendamos com a Natureza, a fim de que estejamos vacinados contra o vírus da usura.

A represa não congrega inutilmente as águas da fonte no próprio seio, quando se dispõe a servir, acionando a engrenagem da usina.

A planta que assimila o oxigênio não lhe recolhe as vantagens tão somente para si, mas mobiliza-o, diariamente, na purificação da atmosfera.

A árvore retira do solo a seiva de que se alimenta, mas não devora os próprios frutos, de vez que os estende, prestimosa, a benefício de todos.

A enxada recebe a carinhosa atenção do cultivador, entretanto, faz-se com ele a infatigável benfeitora da sementeira.

Amealhar com sobriedade, para dar no momento oportuno, é virtude que não nos cabe menosprezar.

Todavia, monopolizar os recursos da Terra e açambarca-los pela ânsia da posse desnecessária, é moléstia perigosa do Espírito que, distraído e imprevidente, se arroja ao inferno da cobiça, onde padece o insulto de acerbas desilusões.

Assim como a podridão é o salário do poço estagnado e assim como a ferrugem é a recompensa da enxada preguiçosa, o martírio moral será sempre a retribuição da vida aos que segregam as possibilidades sem ajudar a ninguém.

Valorizemos nossas reservas de trabalho e de amor, veiculando-as, cada dia, no amparo aos que nos cercam.

A moeda que transformamos em remédio ao doente e me socorro ao necessitado, é bênção com que impulsionamos a Terra na direção do Céu; e o minuto que convertemos em felicidade, para os nossos irmãos, é bênção com que ajudamos a construção do Céu na Terra.

Rendamos culto, incessante à genuína fraternidade e, desse modo, dando quanto pudermos, como pudermos e onde pudermos, seremos eternamente ricos do Suprimento Divino, que jamais cessará de fluir, providencial e generoso, por nossas próprias mãos.


Pelo Espírito Emmanuel
Do livro: Intervalos
Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Desabafo (Fernanda Cássia)



Desabafo (Fernanda Cássia)



Ok, vamos lá;
Minhas considerações sobre essa porcaria de imagem que fica rodando aí no face, e a quem possa interessar - HIPOCRISIA! 
Existem no BRASIL 338 MIL organizações sem fins lucrativos , focadas na assistência social humanda(dados retirados do IBGE com base em dados do Cadastro de Empresas)

Sendo quê, não é novidade para nigúem que muitas delas são fachadas para lavagem de dinheiro,muitas delas recebem uma gorda ajuda do governo e nao repassa aos necessitados.

Sendo quê, as leis atuais nos impedem de agir " com nossas próprias mãos", (por exemplo: um restaurante não pode doar as sobras dos alimentos que não foram consumidos, aqueles que ficaram nas panelas, com receio de tomarem um processo se um morador de rua tiver uma dor de barriga).

Sendo quê, a grande maioria dos moradores de rua, das grandes metrópolis, NAO QUEREM morar em abrigos, preferem as ruas porque lá eles tem mais acesso aos seus vicios(drogas)

Sendo quê, a burocracia para se adotar uma criança é absurda

Sendo quê, os idosos são abandonados em asilos pelos seus PRÓPRIOS FILHOS, e ainda sim eles tem a aposentadoria deles( extremamente vergonha em vista do que eles precisam gastar em remédios) 

Sendo quê, se o bandido for preso, os filhos e a esposa tem direito a receber um AUXILIO RECLUSÃO.

Sendo quê, existem uma porrada de auxílios sociais que capacitam os jovens a ir procurar seu primeiro emprego, a terminar seus estudos.

Sendo quê, o governo ajuda pra caramba quem quer comprar sua casinha própria hoje em dia

E você ainda vem me julgar porquê eu ajudo e me mobilizo pelos animais de rua?

Quanto aos animais abandonados, vejamos.....
- eles NÃO tem nenhum tipo de ajuda financeira oriunda do governo
- ele NÃO sabem vender bala no sinal, pedir esmola, pedir ajuda pra comprar o vermifugo dele
- É NOSSA RESPOnSABILIDADE castra-los e não abandoná-los nas ruas
- é NOSSA RESPONSABILIDADE ensinar nossos filhos a não mata-los e nem arracar-lhes os olhinhos.( se o seu filho faz isso com um gatinho, imagina o que ele vai fazer com VOCÊ quando você estiver velhinho)
- Eu pago impostos, e é deles que vem a renda que vai pras intituições de caridade que o governo ajuda, mas eu tenho que tirar dinheiro DO MEU BOLSO se eu quiser comprar ração pra um animal de rua.
- eles não pediram pra nascer, foram colocados no mundo por DEUS, o mesmo DEUS que proteje as crianças que moram nas ruas, os idosos que são maltratados e um país inteiro que vive na miséria.
- se fosse pra animal morrer a própria sorte, não haveria faculdade de MEDICINA VETERINÁRIA, que sao 5 ANOS pra se concluir.

Resumindo: EU AJUDO ANIMAIS DE RUA SIM! AJUDO CRIANÇA DE RUA, AJUDO ÁRVORE, AJUDO O QUE EU QUISER!

Não sou melhor do que você e nem você (que fica sentando com a bunda na cadeira do pc compartilhando essa merda, )é melhor do que eu.

Se mova! Levante e vá até a esquina e pague o almoço pra um morador de rua. Eu vou estar na próxima esquina alimentando um cão de rua.


Autora: Fernanda Cássia (https://www.facebook.com/akasha.vamoira)

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=339027132852308&set=p.339027132852308&type=1&theater

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A Perda de um Mascote (Pillar Gomide do Valle)




A Perda de um Mascote (Pillar Gomide do Valle)

Os veterinários se deparam com uma alta incidência de perda de pacientes tanto neonatos como também geriátricos em razão das vidas naturalmente mais curtas dos animais, quando comparadas com humanos.

Após uma perda as pessoas experimentam muitas emoções incluindo negação, raiva, culpa e depressão. É importante que existam ouvintes simpáticos e receptivos para que as pessoas se sintam suficientemente seguras para expressar o seu sentimento. A pessoa que lamenta a perda de seu animal experimenta não somente uma falta de apoio das outras pessoas, mas pode, de fato, encontrar uma reação negativa sobre o seu sentimento de luto. Muitos veterinários podem não perceber que também sofrem uma perda e experimentam o luto quando o animal morre. Sua primeira reação pode ser de negação, seguida pela raiva por perder o paciente.

Há muito tempo os psicólogos reconheceram que o luto experimentado pelos proprietários de animais após a morte destes é o mesmo experimentado após a morte de uma pessoa. A morte de um animal de estimação significa a perda da fonte de um amor incondicional e por isso os proprietários procuram por respostas para diminuir seu sentimento de perda.

Frequentemente um cão ou gato morto é levado ao veterinário na tentativa de elucidar a causa do óbito. Algumas vezes o criador tem interesse financeiro significativo na ninhada e busca um diagnóstico especifico para poder solucionar um problema e saúde em uma criação comercial, em outras um novo proprietário quer saber por que o neonato morreu; nos casos em que um animal recém adquirido é envolvido, há risco de litígio entre o proprietário e o criador. Ocasionalmente, os proprietários deixam suas cadelas ou gatas terem uma ninhada para mostrar aos filhos o milagre da vida, e estão mal preparados para o milagre do óbito, e, desesperadamente, buscam uma causa de morte para responder às perguntas das crianças.

É importante que os veterinários se tornem proativos na preparação dos proprietários para a morte de um animal, iniciando este trabalho vários anos antes. A menção da expectativa de vida realista para a espécie e raça apresentadas na primeira visita é muito adequada. Além disso, o clinico deve se mostrar sensível e prestativo, assim como imparcial sobre os desejos e escolhas do proprietário após a perda de seu animal.

Saber qual conduta seguir na hora de passar uma notícia de óbito ao proprietário com segurança e delicadeza para esclarecer suas dúvidas é primordial para manter a relação de confiança entre o cliente e o veterinário.


Autora: Pillar Gomide do Valle (VALLE, P. G.).

Site de Mayse Braga




Site de Mayse Braga: http://www.maysebraga.com.br/

Documentário "Mediunidade Descoberta"



Documentário "Mediunidade Descoberta"






Quando Menos Esperamos - XXX (Sergito de Souza Cavalcanti)




Quando Menos Esperamos - XXX (Sergito de Souza Cavalcanti)



Por maiores que forem suas dificuldades e provações, mantenha-se calmo e sereno. Confie em Deus que não desampara nenhum de seus filhos. Nenhuma dor é eterna e, tudo, mais cedo ou mais tarde, passará. Nosso sofrimento começa a desaparecer quando começamos a entender o significado da dor.

O estado de rebeldia e contrariedade em relação ao sofrimento agrava nossas dores. Aceite tudo que lhe acontecer como vindo a seu favor e entenda que ninguém sofre sem motivo.

Deus é nosso Pai sábio e amoroso e jamais nos enviará fardos mais pesados que nossa capacidade de suportá-los.

A compreensão de que nada de mal nos acontece produz segurança interior.

Tenha compreensão e paciência diante das dificuldades surgidas.

André Luiz nos alerta dizendo: “a paciência em verdade é perseverar na edificação do bem a despeito das arremetidas do mal e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir”.

Prossiga lutando por tudo aquilo que considera justo, honesto, verdadeiro e confie que as tormentas passarão.

Jamais recue diante das dificuldades, pois elas são colocadas em nosso caminho para testar nossa capacidade de superação. Se o momento nos exige paciência, lembre-se de que Deus é paciência infinita.

Quando menos esperar as dores e dificuldades haverão passado, pois em um minuto apenas a tormenta acalma, a dor passa, o auxílio vem, o amor parte, o ausente chega e a vida muda.


Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/sandalo/sandalo-30.html

domingo, 12 de agosto de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Na Romagem do Mundo (Emmanuel)




Na Romagem do Mundo (Emmanuel)



Na romagem do mundo, não te algemes à ilusão.

Tudo na vida se renova.

A erva de hoje amanhã será tronco robusto.

A água da fonte humilde que te afaga os pés agora, confundida depois no rio imenso, é suscetível de afogar-te.

A lâmina que afias é capaz de ferir-te.

O perigo que não corriges ameaça-te o caminho.

O companheiro que hoje concorda contigo, em certos aspectos da luta humana, provavelmente, mais tarde, será opositor dos teus pontos de vista, noutros ângulos da jornada terrestre.

A juventude dirige-se para a madureza.

O vinho, em muitas circunstâncias, converte-se em vinagre.

A flor sublime, por vezes, faz-se o ninho de vermes destruidores.

Certamente, ninguém conseguirá viver sem alegria, entre o pessimismo e a indecisão.

A confiança é filha da fé. Mas nossa fé precisa respirar sempre mais alto, no clima de valores imutáveis do espírito.

Faze do Bem o tema central da própria vida.

Nem desespero, nem violência.

Auxilia e passa adiante, plantando a fraternidade que ilumina e consola. E, sem prender os outros nas telas da própria dominação, a fim de que outros te não prendam, nos círculos acanhados do egoísmo que lhes é próprio, seguirás para a frente, ao encontro do Amor Divino, em cuja grandeza brilha a luz da felicidade imortal.

Emmanuel
Livro: Cartas do Coração
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo (Fernando Pessoa)



Enquanto não encerramos um capítulo,
não podemos partir para o próximo
(Fernando Pessoa)



"Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo.

Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se.

As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Encerrando ciclos.

Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."


(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Compaixão (Emmanuel | Chico Xavier)




Compaixão


I

Compadece-te da terra.
Ela produz o pão que te sustenta.
Não lhe poluas a grandeza,
Nem a deixes maltratada.

II

Compadece-te da mata.
Não lhe ateies fogo inútil.
Ela é a fábrica generosa
Do oxigênio que respiras.


III

Compadece-te da árvore
Ela te alimenta com seus frutos
Dos quais não se serve
E nunca se aproveita.



IV

Compadece-te da fonte
Não lhe atires pedra ou lama.
Ela te extingue a sede
Sem nada pedir em troca.

V

Compadece-te da erva.
Não lhe pises a vida.
Provavelmente amanhã
Dela virá o remédio que te cure.

VI

Compadece-te dos animais
Eles te auxiliam a viver.
A abelha faz o mel.
A vaca oferta o leite.

VII

Compadece-te da lavoura
Que te enriquece de grãos.
Ela se arregimenta
A fim de servir-te.

VIII

Compadece-te da estrada.
Não lhe cries obstáculos
Como sejam pedras ou espinhos.
Ela é companheira do trânsito que precisas.

IX

Compadece-te da própria família,
Ainda mesmo que encontres junto aos entes amados
Aqueles que não se afinam contigo.
A família é o grupo em que nascestes para auxiliar a ser auxiliado.

X

Compadece-te de tua habitação
Não a estragues.
Seja de mármore ou de taipa
É o recanto que Deus te concedeu para morar.

XI

Compadece-te da lâmpada
Na estrutura de bojo para a luz elétrica,
Na condição de tocha, lamparina, lampião ou vela
É recurso que te livra da escuridão.

XII

Compadece-te de teu corpo.
Não faças dele instrumento para qualquer abuso.
Ele é o engenho aperfeiçoado que te serve
Ao próprio Espírito para que te aprimores.

XIII

Compadece-te do jardim.
Não lhe tolhas as flores sem necessidade.
Elas te embelezam a casa
E te perfumam o ambiente.

XIV

Compadece-te do teu vizinho
Talvez não te seja amigo íntimo,
No entanto, conforme a necessidade
Agirá junto de ti, qual se te fosse um parente próximo.

XV

Compadece-te de teu pai.
Se souberes amá-lo.
Ser-te-á na Terra o melhor amigo.
Ama-o sempre. Ele te deu o corpo.

XVI

Compadece-te de tua mãe.
Ainda que ela não possa ser como desejarias,
Ei-la na condição de valente heroína
Pelas dificuldades e obstáculos que venceu para trazer-te à luz!

XVII

Compadece-te de teu filho.
Hoje ele é teu enlevo e tua esperança,
Amanhã será o fruto de teus ensinos
E o retrato de teus exemplos.

XVIII

Compadece-te de tua filha.
Por traumas de passadas existências
É possível que ela te dê problema e preocupação.
Abençoa-lhe a presença.
Ela vem de Deus.

XIX

Compadece-te dos jovens.
Muitos deles, por inexperiência ou ingenuidade, poderão entrar
Em perigosos enganos, reclamando-te paciência e tolerância.
De qualquer modo, recorda que a vida cuidará deles.

XX

Compadece-te de teus irmãos.
Perante a Divina Providência, todos somos irmãos.
Entretanto, temos aqueles da consangüinidade.
Justo sabermos viver em paz uns com os outros.
Se alguns deles, porém, fugirem à lealdade fraternal, desculpa-lhes a fraqueza e entrega-os a Deus.

XXI

Compadece-te da criança.
Seja ela dessa ou daquela procedência,
Dá-lhe bondade, instrução e conforto.
No futuro, ele será o que lhe deres.

XXII

Compadece-te do amigo.
Guarda profunda estima por aqueles que te conquistou a amizade.
Em certo momento ele falhou para contigo;
Perdoa e esquece. Estamos muito longe da perfeição.

XXIII

Compadece-te do doente.
Provavelmente estará ele impaciente e nervoso.
Auxilia-o com entendimento e compreensão.
Não sabes se amanhã serás o enfermo com necessidades semelhantes.

XXIV

Compadece-te do estrangeiro.
Ele estará chegando de terras remotas,
Não sabe falar em teu idioma, nem te conhece os costumes.
Lembra-te, porém, que, diante de Deus, todos somos irmãos.

XXV

Compadece-te dos idosos.
Auxilia aos idosos, sejam teus parentes ou não.
Eles fizeram longa jornada no tempo
A fim de fazerem as experiências
Das quais te aproveitas.

XXVI

Compadece-te do chefe
Quem te mantém o trabalho para que não falte o pão de cada dia.
Espera a tua lealdade e o teu respeito.
Ainda mesmo quando errado merece a tua estima e consideração.

XXVII

Compadece-te do empregado.
Não lhe sobrecarregues com cargas e encargos superiores às suas forças.
Trata-o com atenção e dá-lhe instruções com bondade.
Ele te pede trabalho sem escravidão.

XXVIII

Compadece-te dos errados.
Guarda a certeza de que Deus te permite errar
A fim de que reconheças a tua fraqueza e imperfeição.
Nem todos os errados possuem consciência do que fazem.
Lembra-te dos momentos em que te desequilibras sem querer.

XXIX

Compadece-te dos bons.
Auxilia-os para que prossigam fiéis a eles mesmos.
Na comunidade humana não existem criaturas infalíveis.
Somente Jesus Cristo e alguns raros heróis da fé viveram sem cair.

XXX

Compadece-te dos maus.
Na Terra não existem os totalmente bons, nem os totalmente maus.
Os maus são vítimas de delírios, cuja origem eles próprios desconhecem.
Ante as faltas de qualquer delinqüente, seja ele quem for, compadece-te.


XAVIER, Francisco Cândido. Compaixão. Pelo Espírito Emmanuel. IDE. 

Nosso Anjo Guardião - LXXXII (Sergito de Souza Cavalcanti)



Nosso Anjo Guardião - LXXXII (Sergito de Souza Cavalcanti)

Definitivamente ninguém está só neste planeta de provas e expiações. A bondade de Deus nos faz co-partícipe de seus planos e diretrizes. E assim o faz pelas almas que já se elevaram acima das paixões humanas.

Todos nós possuímos um anjo da guarda que são seres espirituais que, segundo a tradição cristã, tem a missão de proteger os homens. Eles estão presentes em todas as culturas sob várias denominações: gênios, fadas, deuses, protetores, guias, sempre empenhados em prestar assistência aos seus tutelados. Na pergunta de número 495 de O Livro dos Espíritos assim responde a espiritualidade a respeito desses seres: “Cada anjo da guarda tem o seu protegido pelo qual vela, como o pai pelo filho. Alegra-se quando o vê no bom caminho; sofre, quando ele lhe despreza os conselhos.”

O anjo da guarda não é ser que já foi criado por Deus em estado de perfeição. Ele é espírito como nós que passou pelas mesmas vicissitudes e conseguiu superá-las. Por isso a bondade de Deus o colocou ao nosso lado para nos ajudar a transpor nossos obstáculos. Ele é devotado amigo a quem sempre poderemos recorrer nos momentos de tristeza e dificuldade. O seu nome não nos importa. Ele simplesmente quer nos ajudar e nos ajudam quando queremos ser ajudados.

Geralmente, o anjo da guarda é alguém ligado ao nosso coração.

Entretanto, é bom que não esqueçamos que ele está perto de nós e nos inspira a razão direta de nossa ligação com os valores espirituais e inversa ao nosso apego aos vícios e paixões materiais. Aproxima-se quando cultivamos o bem e a verdade. Afasta-se quando nos comprometemos com o mal e a mentira.

Para que possamos colher plenamente os benefícios do contato com esses amigos espirituais, se faz necessário que façamos nossa parte. Isto está bem claro na máxima enfatizada por Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: “Ajuda-te que o céu te ajudará”.

Se dirijo um automóvel de forma imprudente, meu mentor não me tomará a direção, evitando que meu carro caia no abismo.

Nunca esqueçamos de nos dirigir ao nosso mentor espiritual pelo menos uma vez ao dia.

No perigo, na dor, na dificuldade e na doença, roguemos:

“Espíritos bem amados, anjos guardiães que com permissão de Deus, pela sua infinita misericórdia, velais sobre os homens, sede nossos protetores nas provas da vida terrena. Dai-nos força, coragem e resignação; inspirai-nos tudo o que é bom, detende-nos no declive do mal; fazei sintamos que um amigo devotado está ao nosso lado que vê nossos sofrimentos e partilha das nossas alegrias”.