Na Romagem do Mundo (Emmanuel)
Na romagem do mundo, não te algemes à ilusão.
Tudo na vida se renova.
A erva de hoje amanhã será tronco robusto.
A água da fonte humilde que te afaga os pés agora, confundida depois no rio imenso, é suscetível de afogar-te.
A lâmina que afias é capaz de ferir-te.
O perigo que não corriges ameaça-te o caminho.
O companheiro que hoje concorda contigo, em certos aspectos da luta humana, provavelmente, mais tarde, será opositor dos teus pontos de vista, noutros ângulos da jornada terrestre.
A juventude dirige-se para a madureza.
O vinho, em muitas circunstâncias, converte-se em vinagre.
A flor sublime, por vezes, faz-se o ninho de vermes destruidores.
Certamente, ninguém conseguirá viver sem alegria, entre o pessimismo e a indecisão.
A confiança é filha da fé. Mas nossa fé precisa respirar sempre mais alto, no clima de valores imutáveis do espírito.
Faze do Bem o tema central da própria vida.
Nem desespero, nem violência.
Auxilia e passa adiante, plantando a fraternidade que ilumina e consola. E, sem prender os outros nas telas da própria dominação, a fim de que outros te não prendam, nos círculos acanhados do egoísmo que lhes é próprio, seguirás para a frente, ao encontro do Amor Divino, em cuja grandeza brilha a luz da felicidade imortal.
Emmanuel
Livro: Cartas do Coração
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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