segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A Lei de Amor (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XI, #10, #11)




A Lei de Amor (O Evangelho Segundo o Espiritismo)
Capítulo XI, #10, #11

A Lei de Amor - Instruções dos Espíritos
Amar o próximo como a si mesmo


10. Meus caros condiscípulos, os Espíritos aqui presentes vos dizem, por meu intermédio: "Amai muito, a fim de serdes amados." E tão justo esse pensamento, que nele encontrareis tudo o que consola e abranda as penas de cada dia; ou melhor: pondo em prática esse sábio conselho, elevar-vos-eis de tal modo acima da matéria que vos espiritualizareis antes de deixardes o invólucro terrestre. Havendo os estudos espíritas desenvolvido em vós a compreensão do futuro, uma certeza tendes: a de caminhardes para Deus, vendo realizadas todas as promessas que correspondem às aspirações de vossa alma, Por isso, deveis elevarvos bem alto para julgardes sem as constrições da matéria, e não condenardes o vosso próximo sem terdes dirigido a Deus o pensamento.

Amar, no sentido profundo do termo, é o homem ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que queira que estes lhe façam; é procurar em torno de si o sentido íntimo de todas as dores que acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é considerar como sua a grande família humana, porque essa família todos a encontrareis, dentro de certo período, em mundos mais adiantados; e os Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de Deus, destinados a se elevarem ao infinito. Assim, não podeis recusar aos vossos irmãos o que Deus liberalmente vos outorgou, porquanto, de vosso lado, muito vos alegraria que vossos irmãos vos dessem aquilo de que necessitais. Para todos os sofrimentos, tende, pois, sempre uma palavra de esperança e de conforto, a fim de que sejais inteiramente amor e justiça.

Crede que esta sábia exortação: "Amai bastante, para serdes amados", abrirá caminho; revolucionária, ela segue sua rota, que é determinada, invariável. Mas, já ganhastes muito, vós que me ouvis, pois que já sois infinitamente melhores do que éreis há cem anos. Mudastes tanto, em proveito vosso, que aceitais de boa mente, sobre a liberdade e a fraternidade, uma imensidade de idéias novas, que outrora rejeitaríeis. Ora, daqui a cem anos, sem dúvida aceitareis com a mesma facilidade as que ainda vos não puderam entrar no cérebro.

Hoje, quando o movimento espírita há dado tão grande passo, vede com que rapidez as idéias de justiça e de renovação, constantes nos ditados espíritas, são aceitas pela parte mediana do mundo inteligente. E que essas idéias correspondem a tudo o que há de divino em vós. E que estais preparados por uma sementeira fecunda: a do século passado, que implantou no seio da sociedade terrena as grandes idéias de progresso. E, como tudo se encadeia sob a direção do Altíssimo, todas as lições recebidas e aceitas virão a encerrar-se na permuta universal do amor ao próximo. Por aí, os Espíritos encarnados, melhor apreciando e sentindo, se estenderão as mãos, de todos os confins do vosso planeta. Uns e outros reunir-se-ão, para se entenderem e amarem, para destruírem todas as injustiças, todas as causas de desinteligências entre os povos.

Grande conceito de renovação pelo Espiritismo, tão bem exposto em O Livro dos Espíritos; tu produzirás o portentoso milagre do século vindouro, o da harmonização de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação deste preceito bem compreendido: "Amai bastante, para serdes amados." Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)


O egoísmo

11. O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. E a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.

É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações. - Emmanuel. (Paris, 1861.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XI, #10, #11)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Questão Espiritual dos Animais (Dra. Irvênia Prada)






A Questão Espiritual dos Animais (Dra. Irvênia Prada)

Irvênia Di Santis Prada - 16 de maio de 1999



Animais têm alma?


No início do século, Ernesto Bozzano, uma das maiores expressões do Espiritismo, publicou o livro Os animais têm alma?, no qual relata cerca de 130 casos de manifestações metapsíquicas em animais. Gabriel Delani e Herculano Pires, entre outros autores espíritas, também publicaram livros sobre o assunto, de onde pode-se concluir que existe nos animais algo mais que o mero invólucro físico.

A propósito do sofrimento dos animais, cabe lembrar o ensinamento de Emmanuel, através de Chico Xavier: "Que mal terá feito o aprendiz ao ir à escola?". Quando, numa manhã fria, tiramos um filho pequeno da cama para mandá-lo à escola, podemos dizer que ele está pagando algum pecado? Claro que não. Ele vai para a escola para aprender.
Na escola da vida chamada Terra, o aprendizado tem um subproduto que se interpreta como sofrimento e que nada mais é que oportunidade de crescimento. É assim que se deve conceituar também o sofrimento dos animais. Quer o princípio inteligente esteja habitando em animais quer no homem, o sofrimento é sempre oportunidade para aprendizado e amadurecimento. Os animais estão, igualmente, aprendendo; por isso, eles têm também esse subproduto chamado sofrimento.


Animais podem ser médiuns?



Dependendo do conceito que se faça de médium, há três situações a analisar:

1. Manifestações inteligentes ou intelectuais. Sabe-se que em casos de psicofonia ou psicografia, por exemplo, existem registros na memória do médium que são aproveitados pelos Espíritos comunicantes para facilitar a comunicação. Nesse caso, é muito difícil que os animais possam servir de médiuns, porque no cérebro deles, certamente, não há muitas das informações de que os Espíritos necessitam para suas comunicações.

2. Manifestações de efeitos físicos. O médium funciona como colaborador. Como doador de fluidos. Nesse caso, é provável que os animais possam agir como médiuns.

3. Manifestações de sensibilidade, clarividência e clariaudiência. O médium apenas sente a presença de entidades, ou vê ou ouve os Espíritos. Nesse caso, com toda a certeza, pode-se afirmar que sim. Os animais sentem, ouvem e vêem os Espíritos. De todo modo, a mediunidade nos animais é mais uma questão cuja abordagem deve ser acoplada à própria discussão do conceito de médium.



A alma dos animais evolui?


Se chegarmos à conclusão de que os animais têm alma, uma segunda pergunta deve ser respondida em seguida: o Espírito humano representa a continuidade evolutiva da alma dos animais?

Para responder a essa pergunta, é preciso recorrer às obras da Codificação e da literatura espírita:
A verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo. Gênese (Cap. III/21)

Os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação; há neles um princípio inteligente independente da matéria e que sobrevive ao corpo. Livro dos Espíritos (questão 597)

A inteligência do homem e a dos animais emanam de um princípio único. No homem, ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos. Livro dos Espíritos (questão 606 a)

É nos seres inferiores da criação, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida. É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o da germinaçãoe, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. É, então que começa para ele o período de humanidade, e com este a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade dos seus atos. Livro dos Espíritos (questão 607 a)

Desde a ameba, na água tépida dos mares, até o homem, vimos lutando, aprendendo e selecionando invariavelmente. No Mundo Maior - André Luiz (cap. III)

O animal caminha para a condição de homem tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo. Emmanuel - Alvorada do Reino

Bem pode dar-se que corpos de macacos tenham servido de vestidura aos primeiros Espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra. Como na Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens que apareceram na Terra pouco diferissem dos macacos pela forma exterior e não muito também pela inteligência. Gênese (Cap. XI/15-16)

Atualmente, isso está comprovado pela ciência. O chimpanzé, primo afastado do homem, pertencente a outro tronco de nossa árvore evolutiva, possui um genoma apenas 1,6% diferente em relação ao do homem, ou seja, o código genético humano tem 98,4% de identidade com o do chimpanzé.



Instinto e inteligência


A Etologia - estudo individual e comparado do comportamento dos animais - comprova experimentalmente a existência de uma espécie de inteligência nesses seres. A essa espécie de inteligência, Kardec chamava inteligência instintiva. Segundo a teoria espírita da evolução, ela se manifesta no ser humano sob o nome de instintos.


Ontogênese e filogênese

Estudos atuais mostram a relação existente entre a Ontogênese - desenvolvimento individual de um organismo, do ovo à fase adulta - e a Filogênese - evolução progressiva de uma espécie ou grupo biológico, a partir de uma ou mais formas primitivas originárias.

O esforço da criança de um ano de idade para conquistar a postura ereta, que se processa em quatro fases - rastejar, engatinhar, puxar as coisas e finalmente ficar em pé -, lembra o aprendizado do princípio inteligente no seu esforço filogenético para conquistar a postura ereta, inexistente nos animais.

Os profissionais que trabalham com a fisioterapia e a terapia ocupacional têm afirmado que, nos casos de deficiências motoras, estão obtendo ótimos resultados com tratamentos que retomam os estágios iniciais da manifestação motora, ou seja, retomar a sucção, o rastejar, o andar de quatro para, finalmente, resgatar toda a função motora mais especializada.

O retomar do início facilita as coisas. Se interrompermos a execução de uma música no teclado ou a declamação de uma poesia, seremos mais bem-sucedidos retomando-as do início que do meio para o fim.
Isso demonstra que o Espírito já passou por esse aprendizado em fases anteriores. Para vencer a dificuldade, é muito mais fácil para ele recapitular o que aprendeu.



Ontogênese recapitula filogênese

O embrião humano de 21 dias e o embrião do porco de 31 dias possuem arcos branquiais idênticos. Quem tem brânquias são os peixes. As primeiras fases do embrião - do ser humano, dos suínos, dos cavalos, dos cães e assim por diante - têm as mesmas formas e características, porque, a partir da célula-ovo, ele recapitula todas as suas formas evolutivas anteriores e o organismo humano acaba ficando com resíduos dessas estruturas. Nós já tivemos brânquias em determinado momento de nossa jornada evolutiva.

No cérebro, podemos comprovar isso de maneira mais clara. O projeto que estrutura a formação do cérebro dos animais e o do homem é o mesmo.

Lembra o brinquedo de blocos para montar: permite a montagem de casas simples a castelos. Nos peixes, só existem alguns tijolinhos; os répteis têm um pouco mais; nas aves e nos mamíferos, já aparecem formando camadas; no homem, ele é bastante aperfeiçoado. A estrutura e o projeto, porém, são os mesmos.

Segundo estudos atualizados, os cientistas notam que, desde os peixes até os mamíferos, a medula espinhal já possui estabilidade morfológica. O cérebro é que ainda está em processo de modificação lenta. Isso é notado em todos os animais, inclusive no homem. Segundo esses cientistas, o homem do futuro ainda vai sofrer muita modificação em sua massa cerebral.

Relacionados ao tema, é possível lembrar os ensinamentos de André Luiz (No Mundo Maior, capítulos III e IV), que diz: "O cérebro é a casa mental, órgão sagrado da manifestação da mente em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana". "O mundo das idéias passa para o corpo físico e se torna idéias através do cérebro".

Essa casa mental possui três andares:

1º andar - o Inconsciente: onde estocamos toda a aprendizagem do passado. É o id, a sede dos instintos, hábitos e automatismos. É a parte mais representativa do cérebro dos animais.
2º andar - o Consciente: É tudo o que está entrando no nosso cérebro agora. É o ego, o presente. Representa nossas conquistas e esforços de vontade.
3º andar - o Supraconsciente: É o superego, onde trabalhamos nosso futuro. Representa nossas ascensão, idéias e metas.

A parte do cérebro que atua com as funções mentais mais elevadas é o lobo frontal do crânio. Nos chimpanzés, a parte menos evoluída do cérebro está exatamente no lobo frontal, ou seja, neles ainda predominam os instintos (1º andar).
Nos processos obsessivos, há uma espécie de desligamento das atividades superiores e o comando passa a ser feito pelas áreas primárias e instintivas. O corpo físico executa funções automáticas, independentemente da vontade e da razão.
Ainda em No Mundo Maior, André Luiz relata o caso de um processo obsessivo entre um obsediado encarnado e o obsessor desencarnado. Espiritualmente, rolaram do 3º andar, entregando-se ao relaxamento da vontade; deixaram de abrigar-se no 2º andar, perdendo a oportunidade de reerguerem-se e caíram na esfera dos impulsos instintivos, no 1o andar, onde estão arquivadas todas as experiências da animalidade anterior.

Para encerrar, cabe chamar a atenção para o fato de que, de acordo com o observado em meu trabalho, os estudos científicos atuais, particularmente a Etologia, comprovam tudo o que Kardec, André Luiz, Emmanuel e os Espíritos Superiores têm revelado nesse campo, ratificando as palavras de Kardec: "Ou a Doutrina Espírita caminha com a Ciência, ou a Ciência caminhará sozinha".

***

*Dra. Irvênia Prada é veterinária, e trabalha no campo da Neuroanatomia de animais. Oradora e escritora espírita, no livro A questão espiritual dos animais, aborda, à luz da Codificação Espírita, as descobertas da ciência atual sobre o tema.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A moça, os papéis, e a vida (Daniela Marchi)



A moça, os papéis, e a vida
Daniela Marchi



A moça trabalhava. Em meio à papelada, nem pensava na vida, na falta de dinheiro, na falta de amor. Pensava apenas na papelada. Os prazos são exíguos, a papelada precisa andar, precisa chegar em outras repartições, onde outras papeladas responderão às petições de suas papeladas para dar continuidade ao grande ciclo da burocracia. Quanto papel, quantas vias dos mesmos papéis, um pecado, desrespeito à natureza e ao espírito prático: papéis, papéis...

Nem tudo na rotina profissional da moça são papéis. Também tem as pessoas. As pessoas do trabalho: umas (poucas) bastante preocupadas com os papéis e como eles podem resolver as vidas das pessoas; e outras (maioria), mas afeitas a colocar os papéis por baixo dos panos, em falar bonito e produzir pouco.

Papéis, papéis... Será que a mente e os sentimentos da moça também ficaram burocratizados? Quem sabe? O fato é que as exigências e o excesso de formalismo sentimental fizeram dela uma criatura só. Agora só existem eles, os papéis, papéis fiéis, a quem ela se refere como filhos, por vezes. Cuidado com meus filhos (papéis), carregue-os com cuidado! Fardos de uma profissão ou de uma existência? Papéis...

Até a aparência perdeu campo para os papéis. Ao acordar de manhã, só pensa em papéis e nas tarefas urgentes que precisa fazer quando está longe deles, os papéis. Que se lasquem o brinco o batom. Só esquece dos papéis pela família porque, se não fosse assim, a moça teria até perdido os sentimentos para os papéis.

Chegou altura da vida em que a frustração sufocou a moça: papéis, sim, papéis. Papéis bem escritos, elaborados. Expedientes caprichados e dentro dos prazos mas, na alma da moça, sentimentos empoeirados.
Entre um e outro papel, a leitura de um livro. Ocupar a mente é excelente exercício para não pensar em si mesma e assim a moça vai enganando as carências.

Será que tudo na vida da moça estacionou, burocratizou, empoeirou e se encheu de ácaros?
Em meio ao ritmo frenético e a tantos papéis, a moça é atingida em cheio por olhares súplices. Não! – pensou - não tenho nada a oferecer; mexo com papéis, ganho muito menos do que merecia, não vou me desgastar!

Não adianta! O espírito humano se recusa a estacionar. A moça, mesmo com a alma machucada, sente que pode fazer muito mais do que mexer com papéis. Quantas vezes na vida a moça tropeçou, caiu e levantou? Foram tantas que ela perdeu a conta. Choro, mágoa, dor. Os papéis, por sua vez, não causam nada disso e mexer com eles é melhor. Dá para bulir de todo o jeito e eles nem reclamam, não se revoltam. Sempre calados, estáveis. Melhor ficar com eles...

- Eu tenho espírito, tenho objetivos?, pensava a moça. E o espírito falava: - Não desista!, mas ela ignorava.
Contudo, não adianta se isolar de seus pares. Papéis se juntam com papéis. Seres humanos precisam de outros. Em meio ao atoleiro de papeladas, a moça ainda sente que alguém precisa de seus dotes ‘humanos’.
Na lida com as gentes do caminho, sentiu-se imbuída a ajudar. Tratar com papéis é bom, eles não trazem aborrecimento, mas também não trazem retorno emocional.

A moça ajudou a pessoa de olhar súplice. No começo, o súplice parecia nem merecer, mas a moça não julgou, apenas ajudou. O que parecia pouco para ela, foi muito para o outro. Do coração não mais súplice e agora saciado de atenção, brotaram palavras de agradecimento. A moça se sentiu viva, importante e descobriu que a vida espera dela muito mais, ainda que os papéis mereçam toda a consideração.
A moça sentiu que a centelha de Deus pulsa em seu interior.

A moça, na verdade, nem é mais tão moça. Apenas uma violeta velha sem um colibri, como disse o poeta baiano.

Mas, e o coração da moça? Que bom, ele ainda sente!

Daniela Marchi.



Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=441321319262118&set=a.405750446152539.94066.100001527623936&type=3&theater

Visite também o Blog de Daniela Marchi: Atriomental

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ninguém modifica vibrações sem esforço (Eurípedes Barsanulfo)




"Ninguém modifica vibrações sem esforço, vontade e ação constante. A reencarnação, além de tudo promove como forma de oportunidade, é um processo Divino que nos permite configurar novas oportunidades vibratória onde cada existência somos capazes de vibrar e programar novo acúmulo de acertos."

(Eurípedes Barsanulfo)

domingo, 18 de novembro de 2012

Animais no Plano Espiritual (Fonte: Espírita na Net)




Fonte: http://espiritananet.blogspot.com.br/2009/04/animais-no-plano-espiritual.html


Animais no Plano Espiritual 


Muito mais do que supomos, os animais são assistidos em seu desencarne por espíritos zoófilos que os recebem no plano espiritual e cuidam deles.

Notícias pela Folha Espírita (Dez. 1992) nos dão conta de que Konrad Lorenz - zoólogo e sociólogo austríaco, nascido em 1903 - o pai da Etologia (ciência do comportamento animal, que enfoca também aspectos do comportamento humano a ele eventualmente vinculados), continua trabalhando, no plano espiritual, recebendo com carinho e atenção, animais desencarnados.

Também temos informações que nos foram transmitidas, pelo espírito Álvaro, de que há vários tipos de atendimento para os animais desencarnados, dependendo da situação, especialmente para os casos de morte brusca ou violenta, possibilitando melhor recuperação de seu perispírito. Existem ainda instalações e construções adequadas para o atendimento das diferentes necessidades, onde os animais são tratados.

Tendo sido perguntado se os animais têm “anjo da guarda”, Álvaro respondeu que sim; alguns espíritos cuidam de grupos de animais e, à medida que eles vão evoluindo, o atendimento vai tendendo à individualização.

Quanto ao reencarne dos animais, perguntou-se ao espírito Álvaro se os animais estabelecem laços duradouros entre si. “Sim, existe uma atração entre os animais, tanto naqueles que formam grupos como naqueles que reencarnam domesticados. Procuramos colocar juntos espíritos que já conviveram, o que facilita o aparecimento e a elaboração de sentimentos”.

E qual é a finalidade da reencarnação para os animais? Conforme os espíritos da codificação, a finalidade é sempre a da oportunidade de progresso.

Por: Dra. Irvênia Prada (Méd. Veterinária)
Extraído do livro: “A questão espiritual dos animais” 


* * *

“O animal caminha para a condição de homem, tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo.”
(Emmanuel, na obra 'Alvorada do Reino' - Psicografia: Chico Xavier)


* * *

“(...) E como o objetivo desta palestra é o estudo dos animais, nossos irmãos inferiores, sinto-me à vontade para declarar que todos nós já nos debatemos no seu acanhado círculo evolutivo. São eles nossos parentes próximos, apesar da teimosia de quantos persistem em o não reconhecer. (...) Recebei como obrigação sagrada o dever de amparar os animais na escala progressiva de suas posições variadas no planeta. Estendei até eles a vossa concepção de solidariedade e o vosso coração compreenderá, mais profundamente, os grandes segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida.”

(Emmanuel, na obra 'Emmanuel' (FEB, 1983) - Cap. XVII - Psicografia: Chico Xavier)


* * *

Leia a matéria sobre animais no plano espiritual, da Revista Cristã de Espiritismo: CLIQUE AQUI (arquivo no formato PDF)


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A Síndrome do Sapo Fervido




A Síndrome do Sapo Fervido


Os Sapos Fervidos estão por toda parte, mas estão principalmente nas empresas. Ainda hoje pessoas que são demitidas saem profundamente magoadas, isso por não terem recebido o valor que julgavam merecer.  

Senhores potenciais Sapos Fervidos acordem e se preparem para o jogo empresarial onde quase sempre os mais espertos é que sobrevivem. As melhores empresas devem prestigiar aqueles que entregam resultados e que melhor se adaptam às mudanças incessantes que não param de ocorrer.

Reproduzo texto abaixo da Síndrome do Sapo Fervido. A matéria completa está no LINK abaixo.



***


Vários estudos biológicos provam que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo que aquecemos a água, até que ferva. 

O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. lnchadinho e feliz. 

Por outro lado,  um sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio "cozido", porém vivo! 

Muitas pessoas têm comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar, que é só dar um tempo! E fazem um grande estrago, "morrendo" inchadinhos e felizes, sem terem percebido ou avaliado o resultado de suas ações (ou falta de). Outros,  graças  a  Deus, ao serem confrontados com as questões, pulam, saltam; em ações que representam, na metáfora, os trabalhos  necessários. 

Temos vários sapos fervidos por aí, prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos na água que se  aquece a cada minuto. 

Sapos fervidos que não perceberam que o conceito de administrar significa cuidar de uma manutenção eficiente do lugar, em sí. Não há futuro se não administramos o presente. 

Assim, os sapos fervidos não percebem, que na administração, além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas).

O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Tomar decisões coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal para o desenvolvimento e o espírito de equipe. Exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir até os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é conservar o emprego a qualquer custo, independente da competência e do compromisso com a Comunidade.


Fonte: http://blogdoprofessorari.blogspot.com.br/2008/11/os-sapos-fervidos-esto-por-toda-parte.html

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Hora Difícil (Emmanuel)




Hora Difícil (Emmanuel)






Os Amigos Espirituais auxiliam aos companheiros encarnados na terra, em toda parte e sempre. Sobretudo, com alicerces na inspiração e no concurso indireto. Serviço no bem do próximo, todavia, será para todos eles o veículo essencial. Contato fraterno por tomada de ligação.

*

Suportarás determinadas tarefas sacrificiais com paciência e, através daqueles que se te beneficiam do esforço, os Mensageiros da Vida Superior te estenderão apoio imprevisto.

Darás tua contribuição no trabalho espontâneo, em campanhas diversas, a favor dos necessitados, e, pelos irmãos que te cercam, oferecer-te-ão esperança e alegria.

Visitarás o doente e, utilizando o próprio doente, renovar-te-ão as idéias.

Socorrerás os menos felizes, e, por intermédio daqueles que se lhes vinculam à provação e à existência, dar-te-ão bondade e simpatia.

Ajudarás a criança desprotegida e, mobilizando quantos se lhe interessam pelo destino, descerrar-te-ão vantagens inesperadas.

Desculparás ofensas recebidas e, servindo-se dos próprios beneficiários de tua generosidade e tolerância, surpreender-te-ão com facilidades e bênçãos a te enriquecerem as horas.

*

Permaneça o tarefeiro na tarefa que lhe cabe e os emissários do Senhor encontrarão sempre meios de lhe prestarem assistência e cooperação. entretanto, eles também, os doadores da luz, sofrem, por vezes, a intromissão da hora difícil. Quando o obreiro se deixa invadir pelo desânimo, eis que os processos de intercâmbio entram em perturbação e colapso, de vez que, entorpecida a vontade, o trabalhador descamba para a inércia e a inércia, onde esteja, cerra os canais do auxílio, instalando o deserto espiritual.


Do Livro “Coragem”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Fonte do Texto: http://www.portasdoamor.com.br/mensagem-hora-dificil/
Fonte do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=jGZ-RPTo3Fw

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Amigos Espirituais (Revista O Reformador – Edição Junho/2009 - Christiano Torchi)




Amigos Espirituais
(Revista O Reformador – edição Junho/2009 - Christiano Torchi)



A Providência Divina manifesta-se, incessantemente, em todas as situações e lugares, proporcionando vasta gama de recursos, com vistas à proteção, ao futuro e ao progresso das criaturas.
Esse amparo acontece de infinitos modos...

Um deles dá-se por intermédio de tutores espirituais, conhecidos no meio espírita, pelo nome de guias ou amigos espirituais.
É grandiosa e sublime a doutrina dos guias espirituais, pois revela a providência, a bondade e a justiça do criador para com seus filhos, provendo-os de meios para o aperfeiçoamento.

Para efeitos didáticos, Kardec classificou os guias espirituais em três categorias:

  • Espíritos protetores
  • Espíritos familiares
  • Espíritos simpáticos

Espíritos protetores

O Espírito protetor, ou anjo guardião, é sempre um bom espírito, mais evoluído...
... Trata-se de um orientador principal e superior. Sua missão assemelha-se à de um pai com relação aos filhos: a de orientar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.
... A missão dos Espíritos protetores tem duração mais prolongada, pois estes acompanham o protegido desde o renascimento até a desencarnação, e muitas vezes durante várias existências corpóreas.
... Os Espíritos protetores não constituem seres privilegiados, criados puros e perfeitos, mas sim Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso.

... São almas que já trilharam as experiências de diferentes reencarnações - as mesmas pelas quais estamos passando -, e conquistaram, pelo próprio esforço, uma ordem elevada.

A atuação do protetor espiritual não é de intervenção absoluta, pois apesar de influir em nossa vontade, evita tomar decisões por nós e contra nosso livre-arbítrio...
... Sofre quando erramos, embora esse sofrimento não seja revestido das mesmas paixões humanas, porque ele sabe que, mais cedo ou mais tarde, o seu tutelado voltará ao bom caminho.
Espíritos protetores dedicam-se mais à orientação de uma pessoa, em particular, não deixando, entretanto, de velar por outros indivíduos, embora o façam com menos exclusividade. 
xercem supervisão geral sobre nossas existências, tanto no aspecto intelectual, incluindo as questões de ordem material, quanto, moral, emprestando ênfase a esta última, por ser a que tem preponderância em nosso futuro de seres imortais.
Os Espíritos protetores, em realidade, jamais abandonam os seus protegidos, apenas se afastam ou “dão um tempo”, quando estes não ouvem seus conselhos. 

Desde, porém, que chamados, voltam para os seus pupilos, a fim de auxiliá-los no recomeço... 
Por isso, atentemos aos conselhos de Joanna de Angelis:

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.

Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.

Momento chega, porém, em que o aprendiz deixa de ser tutelado. Isso acontece quando o Espírito atinge o ponto de guiar-se a si mesmo, estágio que, por enquanto, não se dá na Terra, planeta de expiações e provas...


Espíritos familiares

Os Espíritos familiares são orientadores secundários... Embora menos evoluídos, igualmente querem o nosso bem.

Podem ser os Espíritos de nossos parentes, familiares ou amigos. Seu poder é limitado e sua missão é mais ou menos temporária junto ao protegido.

Ocupam-se com particularidades da vida íntima do protegido e só atuam por ordem ou permissão dos Espíritos protetores, como, por exemplo, quando o socorrido está recalcitrante e não ouve os conselhos superiores, ou apresentam comportamento enigmático.
Nessas hipóteses, o Espírito familiar, por ter mais intimidade e vínculos sentimentais com o protegido, é aceito como colaborador, de modo a auxiliar na solução de problemas específicos.

Podem, por exemplo, influenciar na decisão de um casamento, nas atividades profissionais, ou mesmo na tomada de decisões importantes que envolvam o cumprimento da Lei de Causa e Efeito, conforme a necessidade do atendido....


Espíritos simpáticos

Podem ser bons ou maus, conforme a natureza das nossas disposições íntimas.

Ligam-se a nós por uma certa semelhança de gostos, de acordo com nossas inclinações pessoais.
A duração de suas relações, que também são temporárias, se acha subordinada a determinadas circunstâncias, vinculadas à persistência dos desejos e do comportamento de cada um.

Se simpatizam com nossos ideais, com nossos projetos, procuram nos ajudar e, muitas vezes, tomam nossas dores contra nossos adversários, situação em que não contam com o beneplácito dos Espíritos protetores.

Em síntese...
Deus não nos atende pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio das suas leis imutáveis, e de seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas, por intermédio das criaturas.
O amigo espiritual comparece quando é invocado, por meio de uma simples prece.
Ninguém está desamparado!
Não existe parcialidade nem privilégio nas leis divinas, ou seja, cada um recebe de acordo com o seu merecimento, de conformidade com seus esforços...

A mensagem de Joanna de Angelis resume bem... “resolve-te por avançar...”

"O processo, no qual te encontras engajado, é de evolução; resolve-te por avançar, sem as contramarchas tormentosas.

Ascendendo psiquicamente e harmonizando-te emocionalmente, far-te-ás respeitado pelos Espíritos perturbadores que, mesmo intentando molestar-te, não encontrarão receptividade da tua parte.

Recorda-te, por fim, de Jesus.

Quem O encontrou, descobriu um tesouro luminoso, e, enriquecendo-se com Ele, jamais tropeçará em sombra e aflição. 

Impregna-te dEle, e sê feliz, sem mais controvérsia."

Divaldo Pereira Fraco. Da obra: Vigilância.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

Fonte: Revista O Reformador – edição JUNHO / 2009 - CHRISTIANO TORCHI

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Quantas vezes (Autoria Desconhecida)




Quantas vezes (Autoria Desconhecida)


Quantas vezes nós pensamos em desistir,
deixar de lado o ideal e os sonhos;

Quantas vezes batemos em retirada,
com o coração amargurado pela injustiça;

Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade,
sem ter com quem dividir;

Quantas vezes sentimos solidão,
mesmo cercado de pessoas;

Quantas vezes falamos, sem sermos notados;

Quantas vezes lutamos por uma causa perdida;

Quantas vezes voltamos para casa
com sensação de derrota;

Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair
justamente na hora que precisamos
parecer fortes;

Quantas vezes pedimos a Deus
um pouco de força,
um pouco de luz,
e a resposta vem, seja como for,
um sorriso, um olhar cúmplice,
um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor.

E a gente insiste,
insiste em prosseguir, em acreditar,
em transformar, em dividir,
em estar, em ser.

E Deus insiste em abençoar,
em nos mostrar o caminho,
aquele mais difícil,
mais complicado, mais bonito.
E a gente insiste em seguir,
Por que tem uma missão...
SER FELIZ!!


(Autoria Desconhecida)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Homossexualidade na Visão Espírita (Fórum Espírita)




Homossexualidade na visão espírita (Fórum Espírita)




Em declaração ao Jornal Folha Espírita de 1984, Chico disse:

“Não vejo pessoalmente qualquer motivo para criticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, a nosso ver, claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas. Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender porque razão esse ou aquele preconceito social impediria certo numero de pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. (…)

No site do Instituto André Luiz encontramos opiniões de Emmanuel e de André Luiz sobre o homossexualismo.

A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação (...) e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais. (Emmanuel)

Já o espírito Ramatis, no livro "Sobre a Luz do Espiritismo", ditado através da mediunidade de Hercílio Maes, declara:

PERGUNTA: — A tendência de buscar uma comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo, conhecida por homossexualidade, implica em conduta culposa perante as leis Espirituais?

RAMATÍS: — Considerando-se que o "reino de Deus" está também no homem, e que ele foi feito à imagem de Deus, evidentemente, o pecado, o mal, o crime e o vício são censuráveis, quando praticados após o espírito humano alcançar frequências muito superiores ao estágio de infantilidade. Os aprendizados vividos que promovem o animal a homem e o homem a anjo, são ensinamentos aplicáveis a todos os seres. A virtude, portanto, é a prática daquilo que beneficia o ser; nos degraus da imensa escala evolutiva. O pecado, a culpa, são justamente, o ônus proveniente de a criatura ainda praticar ou cultuar o que já lhe foi lícito usar e serviu para um determinado momento de sua evolução. A homossexualidade, portanto, de modo algum pode ofender as leis espirituais, porquanto, em nada, a atividade humana fere os mestres espirituais, assim como a estultícia do aluno primário não pode causar ressentimentos no professor ciente das atitudes próprias dos alunos imaturos. Pecados e virtudes em nada ofendem ou louvam o Senhor, porém, definem o que é "melhor" ou pior para o próprio ser, buscando a sua felicidade, ainda que por caminhos intrincados dos mundos materiais, sem estabilidade angélica. A homossexualidade não é uma conduta dolosa perante a moral maior, mas diante da falsa moral humana, porque, os legisladores, psicólogos, e mesmo cientistas do mundo, ainda não puderam definir o problema complexo dos motivos da homossexualidade, entretanto, muitos o consideram mais de ordem moral do que técnica, científica, genética ou endócrina. Fonte: Grupo Universalista Jesus em seu lar

Em outra pergunta, Ramatis confirma a declaração de  Emmanuel:

PERGUNTA: — Mas o que realmente explica o fenômeno da homossexualidade?

RAMATÍS: — É assunto que não se soluciona sobre as bases científicas materialistas, porque, só podereis entendê-lo e explicá-lo, dentro dos princípios da reencarnação.

Como podemos notar, irmãos, para a Doutrina Espírita o homossexualismo é apenas uma estágio evolutivo que não fere as Leis Divinas e muito menos se trata de um equívoco do Criador.  O que vale é a reforma íntima, independente da orientação sexual.

PERGUNTA: — Que dizeis desse estigma de homossexualidade, quando as opiniões se dividem, taxando tal fenômeno de imoral, e outros de enfermidade?

RAMATÍS: — Sob a égide da severa advertência do Cristo, em que "não julgueis para não serdes julgados", quem julgar a situação da criatura homossexual de modo antifratemo e mesmo insultuoso, não há dúvida de que a Lei, em breve, há de situá-lo na mesma condição desairosa, na próxima encarnação, pois, também é de Lei "ser dado a cada um segundo a sua obra". Considerando-se nada existir com propósito nocivo, fescenino, imoral ou anormal, as tendências homossexuais são resultantes da técnica da própria atividade do espírito imortal, através da matéria educativa. Elas situam o ser numa faixa de prova ou de novas experiências, para despertar-lhe e desenvolver-lhe novos ensinamentos sobre a finalidade gloriosa e a felicidade da individualidade eterna. Não se trata de um equívoco da criação, porquanto, não há erro nela, apenas experimento, obrigando a novas aquisições, melhores para as manifestações da vida.

O Dr. Andrei Moreira, presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais, em entrevista concedida para o médium e terapeuta Wanderley Oliveira, diz:

O Espiritismo recomenda a todas as criaturas a conscientização a respeito da sacralidade do corpo físico e da sexualidade, como fonte criativa e criadora, destinada a ser fonte de prazer físico e espiritual, sobretudo de realização íntima para o ser humano, em todas as suas formas de expressão.

Para o Dr Inácio Ferreira, médico psiquiatra desencarnado em 1988 e que escreve a partir da mediunidade de Carlos Baccelli:

"O homossexualismo deve ser compreendido por nós outros como uma das muitas experiências que o espírito vivencia em sua trajetória, para que, finalmente, aprenda a verdadeiramente amar para além dos implementos genésicos que o caracterizam como homem ou mulher! Com o meu carinho, o irmão sempre agradecido, INÁCIO FERREIRA." Uberaba - MG, 8 de setembro de 2009

Na Wikipedia encontramos um parágrafo que reforça tudo que foi citado até aqui:

O Espiritismo crê que o espírito humano não tem sexo e que um mesmo espírito pode em diferentes encarnações habitar igualmente o corpo de um homem ou de uma mulher, sendo capaz de amar homens e mulheres. Não existe uma posição oficial sobre a homossexualidade. Alguns doutrinadores, como José B. de Campos, pregam que a questão mais importante no tocante à homossexualidade é a promiscuidade, aconselhando o homossexual a tomar um parceiro e constituir um lar [13]. O doutrinador e médium Divaldo Franco posiciona-se de forma semelhante, frisando que o homossexual, como o heterossexual, será julgado conforme sua conduta moral, independente da sexualidade[14]. (Homossexualidade e religião)





sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cães, anjos...


Cães, anjos...







 



Fé e Conduta (Divaldo Franco | Joanna de Ângelis)





Fé e Conduta (Divaldo Franco | Joanna de Ângelis)

"Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, porque está na Terra, porque sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus." A GÊNESE - Capítulo 1º - Item 30.

Vive o cristão moderno na catedral forense da Fé à semelhança de nobres expositores em inoperância, discursando para ouvintes impassíveis.

Apontam deficiências, apresentam sugestões, impõem diretrizes, sem resolverem o problema da multidão que os contempla em modorra silenciosa.

Não ajudam positivamente. Não se melhoram, embora as respeitáveis afirmações da referência pessoal.

Quando silenciam e demandam a via pública conduzem valiosos conceitos de bolso e alma vazia.

Alguns, ligados às diretrizes de Rosa, procuram apenas observar fórmulas exteriores, complicando a Promessa Divina em liturgias aparatosas que imprimem respeito às aparências desvaliosas.

Outros, comprometidos com as igrejas nascidas na Reforma, expõem a letra morta da Lei, transformando-se em juízes severos, contando consciências salvas, dividindo as criaturas e organizando estatutos de conduta para o próximo em expressivos discursos teológicos, dominados, muitas vezes, por ódios de grupos que se digladiam.

E outros mais, irmanam-se aos compromissos espiritistas, experimentando a mensagem da Lei infatigável, no corpo da existência física. Mesmo assim, repetem os equívocos dos aparatosos irmãos romanos e apresentam verbetes onde fulguram luminosos conceitos de fé.

Quando, porém, todos despirem a túnica da carne e demandarem o Supremo Tribunal, o Grande Juiz os fitará com a decepção estampada na face, e, precípites, os desconcertados crentes passarão às justificativas a que se habituaram enquanto no caminho.

O filho de Roma dir-se-á ludibriado pela tradição religiosa, transferindo a responsabilidade dos seus insucessos espirituais aos mentores que o norteavam.

O discípulo da Reforma fará citações oportunas recordando que a fé salva mas sem justificação para a ausência de anotações de trabalho na ficha de serviço fraterno.

Mais lamentável deverá ser a situação do discípulo de Allan Kardec, que conheceu por experiência pessoal a expressão nobre da fé que descortinou.

Não terá justificativa porque sabe que fé é norma de conduta.

Fé é enflorescimento - conduta é fruto.

De mãos vazias, todos estarão aguardando a resposta no Grande Tribunal.

Aos primeiros, o Grande Magistrado concederá o ensejo de reaprender, retornando à escola da carne pelo caminho do sofrimento...

Aos segundos, o Chefe Supremo oferecerá a oportunidade nova de serviço na gleba feliz do mundo, tendo a mente tarda e ágeis as mãos.

Mas aos servidores negligentes, conhecedores da sabedoria da Lei divina, o Patriarca Celeste sentenciará:

"Tenho piedade de vós! Retornareis ao ilhéu da matéria no oceano da dor... Não somente para servir mas também para meditar e aprender. Ali o tempo caminhará convosco trabalhando, em vosso coração a mensagem viva do dever".

Tal será o resultado do julgamento quando os pregoeiros da palavra e da crença, na grande catedral forense da fé, retornarem à ribalta do mundo para a sublimação dos ideais, no carreiro da Caridade.

Mergulha, desse modo, o pensamento no estudo e na prática do Espiritismo, assenhoreando-te do conhecimento para identificares os móveis dos sofrimentos atuais, corrigindo arestas morais e construindo em volta dos próprios passos uma senda de luz, por onde possam avançar outros pés, no rumo da libertação plena.


FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 49. 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Carta de um Cão (Autoria Desconhecida)





Carta de um cão


Olá,

Eu sou aquele que sempre lhe espera. O seu carro tem um som especial, e eu posso reconhecê-lo entre mil. Os seus passos têm um timbre de magia, eles são música pra mim. A sua voz é o sinal maior do meu momento feliz e às vezes você nem precisa falar nada.

Quando sinto sua tristeza, eu tento te fazer sorrir. Se vejo que está alegre, como isso me faz feliz! Eu não sei qual é o melhor aroma no ar. Só sei que o seu perfume é o melhor. De algumas presenças eu gosto, de outras não. Mas a sua presença é a que movimenta os meus sentidos.

O seu olhar é um raio de luz quando percebo o seu despertar. As suas mãos sobre mim têm a leveza da paz. E quando você sai, tudo é vazio outra vez. E eu volto a te esperar sempre e sempre. Até você chegar novamente.

Esperar pelo som do seu carro… Pelos seus passos… Pela sua voz… Pelo seu cheiro… Pelo seu repouso sob minha vigília à noite… Pelo seu olhar… Pelas suas mãos fazendo carinho em mim. Eu sou aquele que te espera. Eu sou seu cão! E sou feliz por ser assim!

Nunca lhe pedi para me deixar bonito, nem para me adestrar. Também não lhe peço bons alimentos ou me levar no veterinário, nem isso nem coisa alguma. Se não tiver uma correia bonita, pode me colocar num laço ou deixa-me solto. Prometo que não vou embora. Se não puderes me comprar uma casinha, me conformo com um trapinho no chão. Aonde quer que você me colocar, eu sempre vou te proteger.

Não me corte o rabinho, nem me afine as orelhas. Prometo que serei fiel quando tiver que te defender. Se eu destruir algo, desculpa-me, é que não sei o que faço quando estou brincando com as suas coisas, não conheço o valor dos seus objetos e não estrago por má intenção. O que lhe peço é um carinho de vez em quando em mim, e um pedacinho de pão, o demais, me dê apenas se for de sua vontade.

Se eu soubesse falar, quantas palavras bonitas eu diria a você. Se você soubesse como fico feliz quando passeio contigo, mesmo que você não perceba, eu fico muito feliz!

E se já estou velho, e lhe dei meus melhores anos, não me deixe na rua. E, se lhe causei algum dano, com esta lágrima que vê brotar de meus olhos, peço-lhe perdão.

Sim, eu sou um animal, sou um cachorro criado por Deus, porém também os cachorros sentimos e temos coração.

Chegará o dia em que partirei dessa vida, e quero que saiba que lá no céu dos cães, eu sempre serei grato por tudo o que você fez por mim, e principalmente pelos anos que passamos juntos.

Com carinho,

Cãozinho.


Fonte: http://www.canilvirtual.com.br/index.php/2009/12/carta-de-um-cao-ao-seu-dono/

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Passe Virtual (Instituto André Luiz)




Passe Virtual (Instituto André Luiz)




Instituto André Luiz: http://www.institutoandreluiz.org/

Teoria das Almas Gêmeas (Emmanuel | Chico Xavier)





Teoria das Almas Gêmeas (Emmanuel)


Será uma verdade a teoria das almas gêmeas?

No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.

Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida.

A atração das almas gêmeas é traço característico de todos os planos de luta na Terra?

O Universo é o plano infinito que o pensamento divino povoou de ilimitadas e intraduzíveis belezas. Para todos nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do Tempo.

A ligação das almas gêmeas repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios divinos, insondáveis na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do interesse das criaturas para as edificações da vida. Separadas ou unidas nas experiências do mundo, as almas irmãs caminham, ansiosas, pela união e pela harmonia supremas, até que se integrem, no plano espiritual, onde se reúnem para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidades profundas de todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino.

A união das almas gêmeas pode constituir restrição ao amor universal?

O amor das almas gêmeas não pode efetuar semelhante restrição, porquanto, atingida a culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino. O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.

Perante a teoria das almas gêmeas, como esclarecer a situação dos viúvos que procuram, novas uniões matrimoniais, alegando a felicidade encontrada no lar primitivo?

Não devemos esquecer que a Terra ainda é uma escola de lutas regeneradoras ou expiatórias, onde o homem pode consorciar-se várias vezes, sem que a sua união matrimonial se efetue com a alma gêmea da sua, muitas vezes distante da esfera material.

A criatura transviada, até que se espiritualize para a compreensão desses laços sublimes, está submetida, no mapa de suas provações, a tais experiências, por vezes pesadas e dolorosas. A situação de inquietude e subversão de valores na alma humana justifica essa provação terrestre, caracterizada pela distância dos Espíritos amados, que se encontram num plano de compreensão superior, os quais, longe de desdenharem as boas experiências dos companheiros de seus afetos, buscam facultar-lhes com a máxima dedicação, de modo a facilitar o seu avanço direto às mais elevadas conquistas espirituais.

Os Espíritos evoluídos, pelo fato de deixarem algum amado na Terra, ficam ligados ao planeta pelos laços da saudade?

Os espíritos superiores não ficam propriamente ligados ao orbe terreno, mas não perdem o interesse afetivo pelos seres amados que deixaram no mundo, pelos quais trabalham com ardor, impulsionando-os na estrada das lutas redentoras, em busca das culminâncias da perfeição.

A saudade, nessas almas santificadas e puras, é muito mais sublime e mais forte, por nascer de uma sensibilidade superior, salientando-se que, convertida num interesse divino, opera as grandes abnegações do Céu, que seguem os passos vacilantes do Espírito encarnado, através de sua peregrinação expiatória ou redentora na face da Terra.

Somente pela prece a alma encarnada pode auxiliar um Espírito bem-amado que a antecedeu na jornada do túmulo?

A oração coopera eficazmente em favor do que partiu, muitas vezes com o espírito emaranhado na rede das ilusões da existência material. Todavia, o coração amigo que ficou aí no mundo, pela vibração silenciosa e pelo desejo perseverante de ser útil ao companheiro que o precedeu na sepultura, para os movimentos da vida, nos momentos de repouso do corpo, em que a alma evoluída pode gozar de relativa liberdade, pode encontrar o Espírito sofredor ou errante do amigo desencarnado, despertar-lhe à vontade no cumprimento do dever, bem como orienta-lo sobre a sua realidade nova, sem que a sua memória corporal registre o acontecimento na vigília comum. Daí nasce à afirmativa de que somente o amor pode atravessar o abismo da morte.


Emmanuel (“O Consolador” – 322 a 330 - Chico Xavier)

Fé Inoperante (Emmanuel | Chico Xavier)




Fé Inoperante (Emmanuel | Chico Xavier)


"Assim também a fé., se não tiver as obras, é morta em si mesma." (Tiago,2:17)

A fé inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os discípulos do Evangelho compreendam, com clareza, que o ideal mais nobre, sem trabalho que o materialize, a benefício de todos, será sempre uma soberba paisagem improdutiva.

Que diremos de um motor precioso do qual ninguém se utiliza? De uma fonte que não se movimente para fertilizar o campo? De uma luz que não se irradie?

Confiaremos com segurança em determinada semente, todavia, se não a plantamos, em que redundará nossa expectativa, senão em simples inutilidade? Sustentaremos absoluta esperança nas obras que a tora de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispomos a usar o serrote e a plaina, certo a matéria-prima repousará, indefinidamente, a caminho da desintegração.

A crença religiosa é o meio.

O apostolado é o fim.

A celeste confiança ilumina a inteligência para que a ação benéfica se estenda, improvisando, por toda parte, bênçãos de paz e alegria, engrandecimento e sublimação.

Quem puder receber uma gota de revelação espiritual, no imo do ser, demonstrando o amadurecimento preciso para a vida superior, procure, de imediato, o posto de serviço que lhe compete, em favor do progresso comum.

A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.

Guardar, pois, o êxtase religioso no coração! Sem qualquer atividade nas obras de desenvolvimento da sabedoria e do amor, consubstanciados no serviço da caridade e da educação, será conservar na terra viva do sentimento um ídolo morto, sepultado entre as flores inúteis das promessas brilhantes.


XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 39.