terça-feira, 25 de março de 2014

Paciência (Autoria Desconhecida)




Paciência (Autoria Desconhecida)


No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem. 
Ela disse:
Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador..

- Um bonito garoto - respondeu o homem - e completou: - Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.

Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.

- Melissa, o que você acha de irmos?

Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!

O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração

Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?

Mas, outra vez Melissa pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!
O homem sorriu e disse:
- Está certo!

- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado.

O homem sorriu e disse:

- O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado,
quando montava sua bicicleta perto daqui.   Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.

Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar...

*******

Em tudo na vida estabelecemos prioridades.
Quais são as suas?

(Autoria Desconhecida)

sexta-feira, 21 de março de 2014

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida... (Luis Fernando Veríssimo)




Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...
(Luis Fernando Veríssimo)

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa.


Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".




Luis Fernando Veríssimo

Eu não sou preconceituoso, mas... (Fonte: Blog Um Livro Qualquer - Link abaixo)



Eu não sou preconceituoso, mas...
(Fonte: Blog Um Livro Qualquer - Link abaixo)

Tenho vergonha de estar na presença - mesmo que virtual - de pessoas que fazem comentários preconceituosos. Tenho vergonha quando publico algo sobre amor e envolve um casal gay, e as pessoas fazem comentários preconceituosos na página ou aqui no blog. Tenho vergonha de saber que tais pessoas me seguem, mas, a verdade é que, quando escrevo sobre preconceito, escrevo para elas, em razão deles, e por acreditar que podem mudar. Ironia é ouvir que sou preconceituoso contra pessoas preconceituosas. Acreditem, já ouvi isso mais de uma vez, e nem explicarei aqui, a diferença entre preconceito e opinião, porque o assunto é outro: literatura.

Quando pisei no mundo da literatura, imaginei que encontraria pessoas mais esclarecidas e menos preconceituosas, isso porque o preconceito se funda na falta de conhecimento, ou, mais especificamente, no medo pelo desconhecido.  Se você se depara com uma porta, e o lado de dentro está totalmente escuro, certamente você terá algum medo de entrar. Você não sabe o que há lá. Então seu corpo cria o pré-conceito de que lá pode existir algo passível de lhe ferir, para que você aja com cautela. E parece que sempre que lidamos com algo que não estamos habituados, nosso corpo age dessa forma.

Você está habituado a ver homens sem camisas na praia. Você está habituado a ver casais heterossexuais se pegando no shopping. Você está habituado a cruzar com adolescentes brancos de classe média na rua. De repente você uma mulher fazendo topless ou um casal gay se beijando ou um adolescente negro de classe baixa cruzando seu caminho enquanto caminha em direção à padaria. E isso não faz parte do seu mundo - faz parte do mundo, mas não do seu - E seu corpo reage alertando: há algo diferente no ambiente, aja com cautela. Assim está formado o preconceito.  Afinal, você passou sua vida inteira escutando que o certo é o homem ficar com mulheres (veja a sutileza do singular com o plural), que mulheres não devem sentar de perna aberta e muito menos andar sem camisa, sem nunca terem lhe dito o porquê os homens podem e as mulheres não, e você viu na televisão, pobres e negros sendo presos e acusados por furtos e roubos e assaltados e assassinatos e estupros.

Dentro de uma sociedade machista, racista, preconceituosa e controlada pela minoria de uma classe social privilegiada, é difícil se desvencilhar dos nossos preconceitos do dia a dia. Você faz isso quando passa ultrapassa os limites do seu próprio mundo e conhece pessoas e ideias e universos diferentes do seu, e vê que há segurança e amor e seres humanos lá fora das suas fronteiras, e, também, quando deixa outros mundos colidirem e fazerem parte do seu. Assim o preconceito dá lugar à confiança em aceitar aquilo que é diferente.

E os livros fazem isso: submergem os leitores em mundos completamente diferentes dos seus, ampliando seus horizontes e limites deles próprios. Se você pode aceitar, achar fofo e torcer por um vampiro e um humano ou um zumbi e um humano ou um lobo e um humano ou uma fada e um humano ou uma sereia e um humano, ficarem juntos e serem felizes, por que não aceitaria dois humanos amando um ao outro na vida real? Se o seu herói era o garoto rejeitado da história, porque você não pode enxergar o potencial heroico daquele adolescente pobre e negro que cruza seu caminho? Se sua heroína é uma mulher forte, independente, que luta, porque agir com preconceito quando as mulheres são fortes e independentes e agem além do preconceito social?

Infelizmente, muitos leitores enxergam apenas palavras nos livros, mas ainda acredito que a literatura pode unir universos.

Fonte: Blog Um Livro Qualquer - http://umlivroqualquer.blogspot.com.br/2014/03/eu-nao-sou-preconceituoso-mas.html

terça-feira, 11 de março de 2014

A Janela do Quarto de Hospital (Autoria Desconhecida)




A Janela do Quarto de Hospital
(Autoria Desconhecida)


Dois homens , ambos gravemente doentes , estavam no mesmo quarto de hospital.

Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões .

Sua cama estava junto da única janela do quarto.

O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas para a janela.

Os homens conversavam horas a fio .

Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, seus empregos, seu envolvimento no serviço militar, locais onde eles passava as férias ..

Todas as tardes , quando o homem da cama perto da janela se sentava , ele passava o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver para aqueles períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora.

A janela dava para um parque com um lindo lago de patos e cisnes brincavam na água enquanto crianças com os seus barquinhos . jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores e uma bela vista da silhueta da cidade podia ser visto na distância.

Quando o homem perto da janela descrevia isto tudo com detalhes requintados , o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava esta cena pitoresca .

Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu um desfile que passava.

Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda - ele podia vê-lo no olho da sua mente como o senhor a retratava através de palavras descritivas .

Dias , semanas e meses se passaram. Uma manhã , a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela , que tinha morrido tranquilamente em seu sono .

Ela ficou muito triste e chamou o atendentes para que levassem o corpo .

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira ficou feliz em fazer a troca , e depois de ter certeza que ele estava confortável , ela deixou ele sozinho.

Vagarosamente, pacientemente , ele se apoiou em um cotovelo para tomar o seu primeiro olhar para o mundo real.

Fez um grande esforço e lentamente a olhar para fora da janela além da cama .

Ele enfrentou uma parede em branco .

O homem perguntou à enfermeira o que poderia ter levado seu companheiro falecido, que tinha descrito coisas tão maravilhosas fora dessa janela.

A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede.

Ela disse: Talvez ele só queria encorajar você.

epílogo: Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas . A dor compartilhada é metade da tristeza , mas a felicidade quando compartilhada, é dobrada .

" Hoje é uma dádiva, é por isso que é chamado de O PRESENTE"