segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A Lei de Amor (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XI, #10, #11)




A Lei de Amor (O Evangelho Segundo o Espiritismo)
Capítulo XI, #10, #11

A Lei de Amor - Instruções dos Espíritos
Amar o próximo como a si mesmo


10. Meus caros condiscípulos, os Espíritos aqui presentes vos dizem, por meu intermédio: "Amai muito, a fim de serdes amados." E tão justo esse pensamento, que nele encontrareis tudo o que consola e abranda as penas de cada dia; ou melhor: pondo em prática esse sábio conselho, elevar-vos-eis de tal modo acima da matéria que vos espiritualizareis antes de deixardes o invólucro terrestre. Havendo os estudos espíritas desenvolvido em vós a compreensão do futuro, uma certeza tendes: a de caminhardes para Deus, vendo realizadas todas as promessas que correspondem às aspirações de vossa alma, Por isso, deveis elevarvos bem alto para julgardes sem as constrições da matéria, e não condenardes o vosso próximo sem terdes dirigido a Deus o pensamento.

Amar, no sentido profundo do termo, é o homem ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que queira que estes lhe façam; é procurar em torno de si o sentido íntimo de todas as dores que acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é considerar como sua a grande família humana, porque essa família todos a encontrareis, dentro de certo período, em mundos mais adiantados; e os Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de Deus, destinados a se elevarem ao infinito. Assim, não podeis recusar aos vossos irmãos o que Deus liberalmente vos outorgou, porquanto, de vosso lado, muito vos alegraria que vossos irmãos vos dessem aquilo de que necessitais. Para todos os sofrimentos, tende, pois, sempre uma palavra de esperança e de conforto, a fim de que sejais inteiramente amor e justiça.

Crede que esta sábia exortação: "Amai bastante, para serdes amados", abrirá caminho; revolucionária, ela segue sua rota, que é determinada, invariável. Mas, já ganhastes muito, vós que me ouvis, pois que já sois infinitamente melhores do que éreis há cem anos. Mudastes tanto, em proveito vosso, que aceitais de boa mente, sobre a liberdade e a fraternidade, uma imensidade de idéias novas, que outrora rejeitaríeis. Ora, daqui a cem anos, sem dúvida aceitareis com a mesma facilidade as que ainda vos não puderam entrar no cérebro.

Hoje, quando o movimento espírita há dado tão grande passo, vede com que rapidez as idéias de justiça e de renovação, constantes nos ditados espíritas, são aceitas pela parte mediana do mundo inteligente. E que essas idéias correspondem a tudo o que há de divino em vós. E que estais preparados por uma sementeira fecunda: a do século passado, que implantou no seio da sociedade terrena as grandes idéias de progresso. E, como tudo se encadeia sob a direção do Altíssimo, todas as lições recebidas e aceitas virão a encerrar-se na permuta universal do amor ao próximo. Por aí, os Espíritos encarnados, melhor apreciando e sentindo, se estenderão as mãos, de todos os confins do vosso planeta. Uns e outros reunir-se-ão, para se entenderem e amarem, para destruírem todas as injustiças, todas as causas de desinteligências entre os povos.

Grande conceito de renovação pelo Espiritismo, tão bem exposto em O Livro dos Espíritos; tu produzirás o portentoso milagre do século vindouro, o da harmonização de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação deste preceito bem compreendido: "Amai bastante, para serdes amados." Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)


O egoísmo

11. O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. E a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.

É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações. - Emmanuel. (Paris, 1861.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XI, #10, #11)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Questão Espiritual dos Animais (Dra. Irvênia Prada)






A Questão Espiritual dos Animais (Dra. Irvênia Prada)

Irvênia Di Santis Prada - 16 de maio de 1999



Animais têm alma?


No início do século, Ernesto Bozzano, uma das maiores expressões do Espiritismo, publicou o livro Os animais têm alma?, no qual relata cerca de 130 casos de manifestações metapsíquicas em animais. Gabriel Delani e Herculano Pires, entre outros autores espíritas, também publicaram livros sobre o assunto, de onde pode-se concluir que existe nos animais algo mais que o mero invólucro físico.

A propósito do sofrimento dos animais, cabe lembrar o ensinamento de Emmanuel, através de Chico Xavier: "Que mal terá feito o aprendiz ao ir à escola?". Quando, numa manhã fria, tiramos um filho pequeno da cama para mandá-lo à escola, podemos dizer que ele está pagando algum pecado? Claro que não. Ele vai para a escola para aprender.
Na escola da vida chamada Terra, o aprendizado tem um subproduto que se interpreta como sofrimento e que nada mais é que oportunidade de crescimento. É assim que se deve conceituar também o sofrimento dos animais. Quer o princípio inteligente esteja habitando em animais quer no homem, o sofrimento é sempre oportunidade para aprendizado e amadurecimento. Os animais estão, igualmente, aprendendo; por isso, eles têm também esse subproduto chamado sofrimento.


Animais podem ser médiuns?



Dependendo do conceito que se faça de médium, há três situações a analisar:

1. Manifestações inteligentes ou intelectuais. Sabe-se que em casos de psicofonia ou psicografia, por exemplo, existem registros na memória do médium que são aproveitados pelos Espíritos comunicantes para facilitar a comunicação. Nesse caso, é muito difícil que os animais possam servir de médiuns, porque no cérebro deles, certamente, não há muitas das informações de que os Espíritos necessitam para suas comunicações.

2. Manifestações de efeitos físicos. O médium funciona como colaborador. Como doador de fluidos. Nesse caso, é provável que os animais possam agir como médiuns.

3. Manifestações de sensibilidade, clarividência e clariaudiência. O médium apenas sente a presença de entidades, ou vê ou ouve os Espíritos. Nesse caso, com toda a certeza, pode-se afirmar que sim. Os animais sentem, ouvem e vêem os Espíritos. De todo modo, a mediunidade nos animais é mais uma questão cuja abordagem deve ser acoplada à própria discussão do conceito de médium.



A alma dos animais evolui?


Se chegarmos à conclusão de que os animais têm alma, uma segunda pergunta deve ser respondida em seguida: o Espírito humano representa a continuidade evolutiva da alma dos animais?

Para responder a essa pergunta, é preciso recorrer às obras da Codificação e da literatura espírita:
A verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo. Gênese (Cap. III/21)

Os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação; há neles um princípio inteligente independente da matéria e que sobrevive ao corpo. Livro dos Espíritos (questão 597)

A inteligência do homem e a dos animais emanam de um princípio único. No homem, ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos. Livro dos Espíritos (questão 606 a)

É nos seres inferiores da criação, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida. É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o da germinaçãoe, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. É, então que começa para ele o período de humanidade, e com este a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade dos seus atos. Livro dos Espíritos (questão 607 a)

Desde a ameba, na água tépida dos mares, até o homem, vimos lutando, aprendendo e selecionando invariavelmente. No Mundo Maior - André Luiz (cap. III)

O animal caminha para a condição de homem tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo. Emmanuel - Alvorada do Reino

Bem pode dar-se que corpos de macacos tenham servido de vestidura aos primeiros Espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra. Como na Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens que apareceram na Terra pouco diferissem dos macacos pela forma exterior e não muito também pela inteligência. Gênese (Cap. XI/15-16)

Atualmente, isso está comprovado pela ciência. O chimpanzé, primo afastado do homem, pertencente a outro tronco de nossa árvore evolutiva, possui um genoma apenas 1,6% diferente em relação ao do homem, ou seja, o código genético humano tem 98,4% de identidade com o do chimpanzé.



Instinto e inteligência


A Etologia - estudo individual e comparado do comportamento dos animais - comprova experimentalmente a existência de uma espécie de inteligência nesses seres. A essa espécie de inteligência, Kardec chamava inteligência instintiva. Segundo a teoria espírita da evolução, ela se manifesta no ser humano sob o nome de instintos.


Ontogênese e filogênese

Estudos atuais mostram a relação existente entre a Ontogênese - desenvolvimento individual de um organismo, do ovo à fase adulta - e a Filogênese - evolução progressiva de uma espécie ou grupo biológico, a partir de uma ou mais formas primitivas originárias.

O esforço da criança de um ano de idade para conquistar a postura ereta, que se processa em quatro fases - rastejar, engatinhar, puxar as coisas e finalmente ficar em pé -, lembra o aprendizado do princípio inteligente no seu esforço filogenético para conquistar a postura ereta, inexistente nos animais.

Os profissionais que trabalham com a fisioterapia e a terapia ocupacional têm afirmado que, nos casos de deficiências motoras, estão obtendo ótimos resultados com tratamentos que retomam os estágios iniciais da manifestação motora, ou seja, retomar a sucção, o rastejar, o andar de quatro para, finalmente, resgatar toda a função motora mais especializada.

O retomar do início facilita as coisas. Se interrompermos a execução de uma música no teclado ou a declamação de uma poesia, seremos mais bem-sucedidos retomando-as do início que do meio para o fim.
Isso demonstra que o Espírito já passou por esse aprendizado em fases anteriores. Para vencer a dificuldade, é muito mais fácil para ele recapitular o que aprendeu.



Ontogênese recapitula filogênese

O embrião humano de 21 dias e o embrião do porco de 31 dias possuem arcos branquiais idênticos. Quem tem brânquias são os peixes. As primeiras fases do embrião - do ser humano, dos suínos, dos cavalos, dos cães e assim por diante - têm as mesmas formas e características, porque, a partir da célula-ovo, ele recapitula todas as suas formas evolutivas anteriores e o organismo humano acaba ficando com resíduos dessas estruturas. Nós já tivemos brânquias em determinado momento de nossa jornada evolutiva.

No cérebro, podemos comprovar isso de maneira mais clara. O projeto que estrutura a formação do cérebro dos animais e o do homem é o mesmo.

Lembra o brinquedo de blocos para montar: permite a montagem de casas simples a castelos. Nos peixes, só existem alguns tijolinhos; os répteis têm um pouco mais; nas aves e nos mamíferos, já aparecem formando camadas; no homem, ele é bastante aperfeiçoado. A estrutura e o projeto, porém, são os mesmos.

Segundo estudos atualizados, os cientistas notam que, desde os peixes até os mamíferos, a medula espinhal já possui estabilidade morfológica. O cérebro é que ainda está em processo de modificação lenta. Isso é notado em todos os animais, inclusive no homem. Segundo esses cientistas, o homem do futuro ainda vai sofrer muita modificação em sua massa cerebral.

Relacionados ao tema, é possível lembrar os ensinamentos de André Luiz (No Mundo Maior, capítulos III e IV), que diz: "O cérebro é a casa mental, órgão sagrado da manifestação da mente em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana". "O mundo das idéias passa para o corpo físico e se torna idéias através do cérebro".

Essa casa mental possui três andares:

1º andar - o Inconsciente: onde estocamos toda a aprendizagem do passado. É o id, a sede dos instintos, hábitos e automatismos. É a parte mais representativa do cérebro dos animais.
2º andar - o Consciente: É tudo o que está entrando no nosso cérebro agora. É o ego, o presente. Representa nossas conquistas e esforços de vontade.
3º andar - o Supraconsciente: É o superego, onde trabalhamos nosso futuro. Representa nossas ascensão, idéias e metas.

A parte do cérebro que atua com as funções mentais mais elevadas é o lobo frontal do crânio. Nos chimpanzés, a parte menos evoluída do cérebro está exatamente no lobo frontal, ou seja, neles ainda predominam os instintos (1º andar).
Nos processos obsessivos, há uma espécie de desligamento das atividades superiores e o comando passa a ser feito pelas áreas primárias e instintivas. O corpo físico executa funções automáticas, independentemente da vontade e da razão.
Ainda em No Mundo Maior, André Luiz relata o caso de um processo obsessivo entre um obsediado encarnado e o obsessor desencarnado. Espiritualmente, rolaram do 3º andar, entregando-se ao relaxamento da vontade; deixaram de abrigar-se no 2º andar, perdendo a oportunidade de reerguerem-se e caíram na esfera dos impulsos instintivos, no 1o andar, onde estão arquivadas todas as experiências da animalidade anterior.

Para encerrar, cabe chamar a atenção para o fato de que, de acordo com o observado em meu trabalho, os estudos científicos atuais, particularmente a Etologia, comprovam tudo o que Kardec, André Luiz, Emmanuel e os Espíritos Superiores têm revelado nesse campo, ratificando as palavras de Kardec: "Ou a Doutrina Espírita caminha com a Ciência, ou a Ciência caminhará sozinha".

***

*Dra. Irvênia Prada é veterinária, e trabalha no campo da Neuroanatomia de animais. Oradora e escritora espírita, no livro A questão espiritual dos animais, aborda, à luz da Codificação Espírita, as descobertas da ciência atual sobre o tema.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A moça, os papéis, e a vida (Daniela Marchi)



A moça, os papéis, e a vida
Daniela Marchi



A moça trabalhava. Em meio à papelada, nem pensava na vida, na falta de dinheiro, na falta de amor. Pensava apenas na papelada. Os prazos são exíguos, a papelada precisa andar, precisa chegar em outras repartições, onde outras papeladas responderão às petições de suas papeladas para dar continuidade ao grande ciclo da burocracia. Quanto papel, quantas vias dos mesmos papéis, um pecado, desrespeito à natureza e ao espírito prático: papéis, papéis...

Nem tudo na rotina profissional da moça são papéis. Também tem as pessoas. As pessoas do trabalho: umas (poucas) bastante preocupadas com os papéis e como eles podem resolver as vidas das pessoas; e outras (maioria), mas afeitas a colocar os papéis por baixo dos panos, em falar bonito e produzir pouco.

Papéis, papéis... Será que a mente e os sentimentos da moça também ficaram burocratizados? Quem sabe? O fato é que as exigências e o excesso de formalismo sentimental fizeram dela uma criatura só. Agora só existem eles, os papéis, papéis fiéis, a quem ela se refere como filhos, por vezes. Cuidado com meus filhos (papéis), carregue-os com cuidado! Fardos de uma profissão ou de uma existência? Papéis...

Até a aparência perdeu campo para os papéis. Ao acordar de manhã, só pensa em papéis e nas tarefas urgentes que precisa fazer quando está longe deles, os papéis. Que se lasquem o brinco o batom. Só esquece dos papéis pela família porque, se não fosse assim, a moça teria até perdido os sentimentos para os papéis.

Chegou altura da vida em que a frustração sufocou a moça: papéis, sim, papéis. Papéis bem escritos, elaborados. Expedientes caprichados e dentro dos prazos mas, na alma da moça, sentimentos empoeirados.
Entre um e outro papel, a leitura de um livro. Ocupar a mente é excelente exercício para não pensar em si mesma e assim a moça vai enganando as carências.

Será que tudo na vida da moça estacionou, burocratizou, empoeirou e se encheu de ácaros?
Em meio ao ritmo frenético e a tantos papéis, a moça é atingida em cheio por olhares súplices. Não! – pensou - não tenho nada a oferecer; mexo com papéis, ganho muito menos do que merecia, não vou me desgastar!

Não adianta! O espírito humano se recusa a estacionar. A moça, mesmo com a alma machucada, sente que pode fazer muito mais do que mexer com papéis. Quantas vezes na vida a moça tropeçou, caiu e levantou? Foram tantas que ela perdeu a conta. Choro, mágoa, dor. Os papéis, por sua vez, não causam nada disso e mexer com eles é melhor. Dá para bulir de todo o jeito e eles nem reclamam, não se revoltam. Sempre calados, estáveis. Melhor ficar com eles...

- Eu tenho espírito, tenho objetivos?, pensava a moça. E o espírito falava: - Não desista!, mas ela ignorava.
Contudo, não adianta se isolar de seus pares. Papéis se juntam com papéis. Seres humanos precisam de outros. Em meio ao atoleiro de papeladas, a moça ainda sente que alguém precisa de seus dotes ‘humanos’.
Na lida com as gentes do caminho, sentiu-se imbuída a ajudar. Tratar com papéis é bom, eles não trazem aborrecimento, mas também não trazem retorno emocional.

A moça ajudou a pessoa de olhar súplice. No começo, o súplice parecia nem merecer, mas a moça não julgou, apenas ajudou. O que parecia pouco para ela, foi muito para o outro. Do coração não mais súplice e agora saciado de atenção, brotaram palavras de agradecimento. A moça se sentiu viva, importante e descobriu que a vida espera dela muito mais, ainda que os papéis mereçam toda a consideração.
A moça sentiu que a centelha de Deus pulsa em seu interior.

A moça, na verdade, nem é mais tão moça. Apenas uma violeta velha sem um colibri, como disse o poeta baiano.

Mas, e o coração da moça? Que bom, ele ainda sente!

Daniela Marchi.



Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=441321319262118&set=a.405750446152539.94066.100001527623936&type=3&theater

Visite também o Blog de Daniela Marchi: Atriomental

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ninguém modifica vibrações sem esforço (Eurípedes Barsanulfo)




"Ninguém modifica vibrações sem esforço, vontade e ação constante. A reencarnação, além de tudo promove como forma de oportunidade, é um processo Divino que nos permite configurar novas oportunidades vibratória onde cada existência somos capazes de vibrar e programar novo acúmulo de acertos."

(Eurípedes Barsanulfo)