segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O normótico, ou se preferir, o entediado anônimo (Autor Desconhecido)



"O normótico, ou se preferir, o entediado anônimo - é vítima de um estado de conflito interior prolongado. Na tentativa de anestesiar a dor resultante desse conflito interior, das esperanças frustradas e dos sonhos abortados, injeta “novocaína” - o anestésico do novo - em muitos aspectos da sua personalidade.

Ele não sente nada de maneira vívida: nem alegria, nem tristeza, nem esperança, nem desespero. As coisas acontecem, mas ele não as registra pois é preciso muita coragem para se permitir sentir. É alguém que vive num eterno confinamento solitário causado por suas crenças disfuncionais; alguém que se trancou numa rotina solitária e engoliu a chave. Alguém que vive uma vida unilateral e morre em estado imperfeito. Não possui a consciência de que a Grande Vida lhe deu uma alma, uma mente e um corpo, os quais deve procurar desenvolver de forma harmônica. Vive dominado pelas influências do sistema de crenças do modismo social permitindo que a sociedade continue lhe impondo suas ilusões por meio de um fortíssimo esquema de marketing que o bombardeia de forma brutal durante as 24 horas do seu dia a dia.

Não possui a coragem de virar a mesa contra o clichê social e assumir a responsabilidade pela sua maneira de pensar e pelo controle da sua vida. Não é difícil constatar os resultados desse caótico modo de viver: medos, preocupações, paranóias, stresse, insatisfação, descontentamento e toda a espécie de somatização oriunda de uma pseudofelicidade. Não consegue perceber que sem satisfação interior, nenhum acúmulo de sucesso exterior consegue trazer felicidade e segurança duradouras. Como Adão e Eva, vive exilado dos jardins das delícias da unidade consciente com Deus, pela ação da serpente do conformismo, tornando-se com isso, um ser limitado devido ao crédito dado ao sistema de crenças do clã a que pertence."

(Autor Desconhecido)

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