terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Livro: No Mundo Maior - Capítulo 3 (André Luiz | Chico Xavier)




[...] Para transformarnos em legítimos elementos de auxílio aos Espíritos sofredores, desencarnados ou não, é-nos imprescindível compreender a perversidade como loucura, a revolta como ignorância e o desespero como enfermidade.

Ante a minha perplexidade, acrescentou, fraternal:
- Entendeste? Estas definições, em verdade, não são minhas. Aprendemolas do Cristo, em seu trato divino com a nossa posição de inferioridade, na Crosta Terrestre.

Julguei que o Instrutor se estendesse em longa exposição verbalista, relativa ao assunto, trazendo referênéias preciosas e comentando experiências pessoais. Nada disto; Calderaro informou-me simplesmente:

— A cegueira do espírito é fruto da espessa ignorância em manifestações primárias ou do obnubilamento(1) da razão nos estados de aviltamento do ser. Nosso interesse, no socorro à mente desequilibrada, é analisar este último aspecto da sombra que pesa sobre as almas; assim sendo, faz-se mister saberes alguma coisa da loucura no âmbito da civilização. Para isto, convém estudarmos, mais detidamente, o cérebro do homem encarnado e o do homem desencarnado em posição desarmônica, por situarmos aí o órgão de manifestação da atividade espiritual
(1) obnubilamento - turvação, escurecimento
Desejaria continuar ouvindo-o nas explicações claras e convincentes, a lhe fluírem dos lábios, mas Calderaro silenciou para afirmar, passados alguns instantes:

— Não disponho de muito tempo para discretear de matéria estranha aos meus serviços; todavia, lidaremos juntos, convictos de que, trabalhando nas boas obras, aprenderemos sempre a ciência da elevação.

Sorriu, fraternal, e rematou: — O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.[...]

Fonte: Livro "No Mundo Maior" (Chico Xavier | André Luiz)

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